segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Série as 10 tribos perdidas de Israel * Relatos históricos sobre a dispersão da Casa de Israel

Conceitos Iniciais

Ovelhas Perdidas das 10 tribos de Israel
Alguns pontos e conceitos devem ser lembrados para ser compreendida a Completa Restauração de Israel; são conceitos simples, mas se esquecidos levam a um não entendimento da restauração de Israel.

Divisão do Reino:
Aproximadamente no ano de 921 AEC, ocorre a divisão do Reino de Israel. As 10 Tribos do Norte se separam da Casa de David. São então criadas duas casas, a de Judah e Israel.

Casa de Judah:
Reino de Judah, posicionado ao sul. É formado pela tribo de Judah, Benjamin, e parte de Levy. Tem sua capital como Jerusalém. São conhecidos como judeus.

Casa de Israel:
Reino de Israel, também conhecido como Casa de Efrayim, Casa de Yossef ou ainda algumas vezes chamado Israel. É formado pelas outras dez tribos do norte, tendo como capital Samaria.

Após a destruição do Reino de Israel (Casa de Efrayim) como é relatado por Yossef Ben Matitiyahu ha-Cohen (Flavio Josefo) pelo Império Assírio foram levados a Galut (Dispersão).

Apos esta dispersão são chamados de “goyim”, como pode ser visto no Talmud, tratado Yevamot 17a. Hoje estão entre todas as nações, como já era mostrado pelas profecias de Yermiahu (Jeremias), Yeshayahu (Isaias), e outros.

Passagens que demonstram que Efrayim é as 10 Tribos: Shofetim (Juizes) 10:9, Oshea (Oséias) 7:8, Yeshayahu (Isaias) 11:13

Judeu:
Pertencente a Casa de Judah, seja a tribo de Judah, Benjamim ou Levy; é um israelita.
Todo judeu é israelita, mas nem todo israelita é judeu.

Efraimita:
Pertencente a Casa de Efrayim, a uma das outras dez tribos; é um israelita.
Todo efraimita é israelita, mas nem todo israelita é efraimita.

Israelita:
Cidadão pertencente ao povo de Israel, seja por descendência (judeu ou efraimita) ou por opção. Tanto um como outro são igualmente tratados.
Para ambos há uma só Torah como é mostrado em Bamidbar (Num) 9:14

Plenitude das Nações:
Benção dita por Ya'akov Avinu a Efrayim em Bereshit (Gen) 48:19, que demonstra que Melo HaGoyim, a Plenitude das Nações, Plenitude dos Gentios ou Multidão de Nações será alcançado através da descendência de Efrayim.

Sha’ul (Paulo) ao se referir ao “gentios” (Efrayim), usou esta expressão, Melo HaGoyim. Por mais que foram traduzidas de formas diferentes, no hebraico a expressão é a mesma.

Passagens que demonstram que Efrayim esta entre as nações
Yeshayahu (Isaias) 11:11-12, 27:13;
Obadyah (Obadias) 1:20;
Oshea (Oseias) 7:8;
Yechezekel (Ezequiel) 36:19-24.

Relatos históricos sobre a presença de Efrayim entre as nações:

América

Índios Americanos
Aarão Levy de Montesinos (1642): Viajante espanhol, de origem marrana.
Em suas viagens a América do Sul, encontrou tribos que conheciam o Shemah, e ainda preservavam algumas praticas bíblicas. Segundo o que ouvira dos indígenas, seriam das tribos de Reuven e Levy.

Ele fez esta afirmação sob juramento para um tribunal judaico em Amsterdã, perante o principal rabino, Menashe Ben Yisrael.

Nicholas Delttsu (1587): Jesuíta enviado a América do Sul, a fim de converter os índios.

Na região da Argentina ele encontrou tribos relacionadas aos Incas que preservavam alguns nomes hebraicos como Moshe, David, Avraham.

Nesta mesma região fora encontrada uma Menorah e algumas pedras redondas, nas quais em uma havia escrito a seguinte palavra “Pascha”, ou seja, Pessach em aramaico.

Segundo pesquisadores, tais objetos ali já estavam a centenas de anos, muito antes dos espanhóis chegarem.

Ou seja, a possibilidade de pertencem a algum marrano é descartada.
Thomas Thorowgood: Autor do documentário “Jewish in America”, Londres - 1650.
Diego Duran(1588): Os Astecas: História Dos Índios da Nova Espanha.
Gregório Garcia (1729): Origem dos Índios do Novo Mundo.

Índio Asteca México
James Adair (1709 -1783): Historia Dos Índios Americanos, Londres -1775.
Tais índios faziam circuncisão, sacrifício de animais e outras práticas tipicamente bíblicas.
Archibald Loudon (1811):

Colheu relatos de índios que afirmavam ser descendentes de “homens brancos”.
Nicholas Mills (1824): História do México.
Descreve as pirâmides mexicanas, comparando-as com as existentes no Egito.
Roger Williams (1827):

Descreve as línguas indígenas como semelhantes ao hebraico, em seu artigo”A Key into the Language of America” - Boston.
Mordechai Manuel Noah (1785-1851):

Discurso sobre a evidencia dos índios serem descendentes das tribos perdidas de Israel.
Moshe Ben Isaac Edrechi (1774-1842):
Texto chamado “As Tribos Perdidas”.
Menashe Ben Yisrael (1698):

Texto chamado “A Esperança de Israel”, sobre índios americanos serem descendente das dez tribos.
Ambrosio Fernandes Brandão (1618):
Diálogo das grandezas do Brasil O autor afirma que indígenas brasileiros são descendentes das dez tribos perdidas de Israel.
Viscount Kingsborough:

Índios do Equador
Afirma que no México havia descendentes das 10 Tribos. Afirma que chegaram pelo Estreito de Behring. Preservavam levirato e rasgar as roupas em sinal de luto.

Ezra Stiles (1727 -1795):
Sétimo presidente da universidade de Yale (EUA). Afirmou que índios americanos eram descendentes das dez tribos de Israel.

Esta é uma pequena lista de definições e de passagens bíblicas, que nos ajudam a compreender a dispersão da Casa de Efrayim entre as nações. Juntamente vimos algumas fontes históricas tanto de jesuítas como de cristãos-novos, navegadores, etc.

Mas apos ter o conhecimento de tais fontes, das afirmações de vários historiadores atuais e do passado, ainda resta alguma dúvida da presença israelita na América antes da chegada dos judeus em 1492 com Colombo?

Ao traçar um paralelo entre israelitas pré-dispersão e os vários povos da América Pré-Colombiana como vimos, é possível perceber uma séria de “coincidências”, como idioma, costumes familiares, sociais e até religiosos.

Mas se ainda restam duvidas, vejamos o que Ambrósio Fernandes Brandão diz em “Diálogos das Grandezas do Brasil” de 1618:

“Alviano: Não me desagrada a definição que tendes dado a uma coisa ou outras; mas não me posso persuadir que tão bárbaro gentio, como é o que habita por toda esta costa do Brasil, traga a sua origem da gente israelita, porque se a trouxeram, de força se lhes havia de comunicar policia de seus pais e avos, o que nos não vemos neles.”

Logo em seguida, Brandonio responde a Alviano:


Índios Timbiras Maranhão
“Brandonio: Confesso que os primeiros pais deveram de mostrar e ensinar a seus filhos e netos o uso das artes e policia que tinham; mas essa como havia de ser ensinada de palavra, não podia passar à memória de tão comprida geração, em gentes a que lhe faltaram logo às escrituras e o mais necessário para a conservação das artes e policia, em terras tão remotas e incógnitas, como eram as que habitavam e assim como a continuação do tempo se lhe havia de ir varrendo da memória o que seus avos lhes tinha amostrado, como ficarem do estado em que de presente os conhecemos.

Mas, contudo, ainda hoje em dia se acha entre eles muitas palavras e nomes pronunciados na língua hebréia e da mesma maneira, costumes como é tomarem suas sobrinhas por suas verdadeiras mulheres, que nem uma coisa nem outra fariam se os não houvessem aprendido de quem os sabia. E com toda a sua barbaridade têm conhecimento das estrelas dos céus de que nós temo noticia, posto que lhes aplicassem nomes diferentes, pelo que tenho por sem dúvida, descenderem estes moradores naturais do Brasil daqueles israelitas que navegaram primeiro pelos seus mares”.

Já em “Historia de la Indias de la Nueva España” de 1585, Diego Durán diz:
“Para tratar da correta e verdadeira relação da origem e inicio destas nações indígenas, a nos tão abscondido e duvidoso, que para por a mera verdade foi necessária alguma revelação divina, o Espírito do Eterno que ensinara e dera a entender; impero, faltando isto, será necessário chegarmos as suspeitas e conjecturas, a demasiada ocasião que esta gente não da com seu baixíssimo modo e maneira de tratar, e de sua conversa tão baixa, tão própria dos judeus, que poderíamos ultimamente afirmar serem naturalmente judeus e gente hebréia (...) seu modo de viver, suas cerimônias, seus ritos e supertições, seus agouros e hipocrisias, tão parecidas e próprias dos judeus, que em nenhuma coisa diferem.”

Em outra parte, Diego Duran diz o seguinte:
“com o qual confirmo minha opinião e suspeita de que estes naturais sejam aquelas dez tribos de Israel, que Salmaneser, rei dos assírios, levou cativas...”
Diego Durán diz algo muito interessante, mostrando que era conhecedor das profecias:

“Outra autoridade da Sagrada Escritura, se pode trazer para provar esta opinião, é que as estas dez tribos, que abaixo deixo dito, teria o Eterno prometido por Oseias, c. 1 e 2, e 3 até o 13, que os iria o Eterno multiplicar como as areias do mar, o qual claro e obviamente se vê quão grande se multiplicou, pois tem ocupado grande parte do mundo...”

Diego Durán, não somente conhecia muito bem a historia de Israel, como também ligou o fato de ver israelitas em sua frente em terras tão longínquas à promessa feita aos Patriarcas da multiplicação de semente.

Apos ler tais relatos, e liga-los às outras centenas de “coincidências” como foi visto na primeira parte do artigo, fica evidente a presença de israelitas em solo americano. Mas ficam as seguintes questões:

Por onde vieram?
Como vieram?

Mestiços brasileiros
Teriam vindo pelo mar com Shlomo HaMelech (Rei Salomão) como supôs Ambrósio Fernandes? Ou através de um cavalo voador, um anjo que os levara, ou ainda uma segunda Arca de Noach (Noé) como pensou o Pe. José Acosta (1539 - 1604)?

Não
A resposta, hoje é muito simples de ser encontrada. Pegue um Atlas, vá ao extremo oriente, Rússia. Veja que lá há o Mar de Behring. Agora siga para o extremo ocidente, Alaska, la esta o Mar de Behring novamente, ai esta o Estreito de Behring. O seu ponto mais profundo tem apenas 45 metros. Em algum momento ocorreu uma diminuição no nível das águas, assim permitindo passar levas de pessoas, a pé. Esta teoria de que em algum momento o Estreito de Behring secou, é aceita por todo o meio cientifico.

Lembre-se, que de Efrayim, grande parte foi para o norte. Analisando então por uma linha do tempo, a cronologia dos fatos é seguinte:
Efrayim é levado cativo da Terra de Israel;
Vão em direção ao norte; Assíria, depois a Média, Pérsia, etc.;

À medida que vão sendo dispersados, chega a região que hoje conhecemos como Rússia;
Em um determinado momento, ocorre a passagem de parte do povo da região russa para o norte da América;

Ocorre uma descida de Efrayim pelo continente americano;
Alguns permanecem na região que hoje esta EUA, Canadá, México;
Vários grupos vão desbravando o continente;
Alcançam a terra brasilis.

Chegam os europeus, e os encontram falando algumas palavras em hebraico, e preservando algumas práticas bíblicas.

Fonte: http://efraimita.blogspot.com.br/

Continuação aguarde...

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