“Mais disse eu: Ouvi agora vós, chefes de Jacó, e vós, príncipes da casa de Israel: não é a vós que pertence saber o direito?” (Miquéias 3:1)

Esse alerta é para líderes, pastores, missionários, bispos, apóstolos, dirigentes de igrejas, chefes das igrejas, do povo de Deus, do Israel de Deus. A pergunta é esta: não são vocês que competem saber, conhecer com profundidade a Palavra de Deus? Conhecer o Evangelho de Jesus? Não são os líderes que devem conhecer e ensinar segundo a Palavra de Deus, a Israel do Senhor? E olha que isso é dever, e, se não conhecem o Evangelho do Reino, também não poderiam ocupar liderança sobre o povo, pois um cego não pode guiar outro; o principal do Evangelho é praticar, é ensinar com o nosso exemplo. Líderes que fazem uma teologia de como encher igrejas, de como arrancar mais dinheiro do povo, como pregar com emoção, como fidelizar o povo, como extorquir, como agradar o povo, mas não sabem como pregar a salvação, a santificação, o arrependimento e abandono de pecados. “A vós que aborreceis o bem e amais o mal, que arrancais a pele de cima deles e a sua carne de cima dos seus ossos.” (Miquéias 3:2). Mas esses líderes que se dedicam a fazer campanhas e mais campanhas com o único intuito de arrecadar fundos, que propõem vender bênçãos, e cuja preocupação é somente com as ofertas, com os dízimos, que avaliam a igreja pela quantidade de dizimistas e ofertantes; que se preocupam em encher a igreja e não de encher com a Verdade as suas  ovelhas; que não pregam o Evangelho do arrependimento, e sim o que o povo quer ouvir, o de bênçãos  desmedidas, ou seja, outro evangelho, são líderes cegos. Pregam com um evangelho próprio e não o de Jesus, pois  são a favor do divórcio e de segundo casamento, separando o que Deus disse ser impossível ao homem separar; pregadores que  criam eventos e atrativos para conduzir pessoas a igrejas; pregadores que  usam de astúcia  e engano para que pessoas frequentem suas igrejas, ou seja, usam mentiras e armas do adversário e dizem que isso é evangelismo; pregadores que pedem e exigem sacrifício do povo esquecendo que o único sacrifício foi oferecido por Jesus, o Cordeiro de Deus.

 “E que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela e como carne do meio do caldeirão.” (Miquéias 3:3).Além de campanhas que praticamente forçam as ovelhas a participar, a pegar envelopes para trazerem ofertas. Muitos não têm sequer condições de pagar passagem, mas tomam dinheiro emprestado para cumprir votos, que são obrigadas a fazer, e os líderes usam para esbanjar, pagar diárias de hotéis cinco estrelas, comprar carrões, aviões, ou casas, sítios, fazendas, roupas de grifes, ou para qualquer outra coisa que seja para o deleite próprio. Coação é uma arma muita usada nas igrejas, onde o comércio prolifera de todas as maneiras, esquecendo que o Senhor proibiu essa prática na sua casa. Igrejas se transformaram em empresas e pregadores se transformaram em comerciantes, mercadejantes da fé alheia. Falam e entregam profecias e revelações mentirosas e ainda esperam que aconteçam.“Então, clamarão ao Senhor, mas não os ouvirá, antes esconderá deles a sua face naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas suas obras.” (Miquéias 3:4). Temos vistos inúmeros casos de tragédias que se abatem sobre líderes, e suas famílias, e não entendemos o porquê de o Senhor ter permitido, mas eis aqui uma resposta, pois, para estes que procedem mal, um dia virá  sobre eles o mal, e então clamarão o Senhor, e não encontrarão respostas nas suas orações, nos seus clamores. O Deus de quem eles usaram o nome para  arrecadar fundos agora os deixará para que se afundem, para que se percam, pois fizeram as suas obras mal. São pregadores que somente conseguem bens materiais e muitas vezes as famílias estão destruídas, com enfermidades,  vícios e todo tipo de perturbações,  apesar de terem igrejas cheias, mas lhes falta tudo. A bem da verdade essas pessoas estão mortas espiritualmente, falam o nome do Senhor como se estivessem falando qualquer coisa.

 “Assim diz o Senhor contra os profetas que fazem errar o meu povo, que mordem com os seus dentes e clamam: Paz! Mas contra aquele que nada lhes mete na boca preparam guerra.” (Miquéias 3:5). Geralmente esses supostos líderes têm um tratamento diferente para dispensar aos grandes ofertantes e dizimistas, ou seja, sempre há uma palavra  de bênção para eles, sempre  garantem paz e vitórias, sempre entregam profecias otimistas; mas para os que não têm condições de estar ofertando tanto, geralmente as profecias são catastróficas, e não raro amaldiçoam, revelam sempre o mal e dizem que, para a situação mudar, somente com ofertas e campanhas. E a todo tempo fazem questão de trazer à baila o assunto de ofertas, ou seja, comprar a bênção. São pregadores que  sabem praticar bem a emoção do povo: choro, alegrias. Fazem o povo chorar, dançar, e, principalmente, ofertar. São líderes que criam preceitos e doutrinas próprias, heresia pura. “Portanto, se vos fará noite, para que não haja profecia, e haverá trevas, para que não haja adivinhação, e se porá o sol sobre esses profetas, e o dia sobre eles se enegrecerá.” (Miquéias 3:6).Ou seja, virá o castigo, virá o mal sobre a vida desses homens e mulheres que fazem a obra para si mesmos e não para o Senhor. Geralmente o mal vem sobre eles de várias formas, e sempre atinge a família, e tudo isto por causa de não respeitarem a Palavra do Senhor e buscarem transformar o povo de Deus em comércio.

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr.Henrique Lino

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