G12 - Grupo dos Doze / Igrejas em Células
G12 - Grupo dos Doze /
Igrejas em Células
O Programa Celular
Consiste num modelo de
igreja em células - organização da igreja em pequenos grupos nos lares que se
multiplicam quando crescem. Trata-se da realização de reuniões em pequenos
grupos nos lares, escritórios ou em qualquer lugar, objetivando a evangelização
e a edificação dos participantes. Em muitas igrejas é usado tal sistema, porém
com estudos sadios da Palavra de Deus (como os nossos Grupos de Cristo).
No G12 esses grupos são
chamados de C.A.F.E - Célula de Adestramento Familiar e de Evangelismo. O
sistema usado pelo G12 não é nenhuma novidade, o que está errado são as
heresias e os conteúdos que são apresentados e ensinados nas reuniões
familiares do G12.
O que é o G12
Suas falsidades tem enganado
muitas pessoas desprovidas de raízes no evangelho e sua existência é o
cumprimento das profecias sobre a apostasia que a igreja de nosso Senhor Jesus
Cristo viveria neste tempo. (Leia Mateus 7:15-23, Mateus 22:29, Romanos
16:17-18, Gálatas 1:6-12, Colossenses 2:8, II Tessalonicenses 2:1-4, I Timóteo
1:3-7 / 4:1-2 / 6: 3-5, II Pedro 2:1-3, I João 4:1).
G12 é um movimento
neopentecostal que tem assumido práticas esotéricas e espíritas tais como:
regressão, psicologia e liberação de perdão a Deus.
Os conceitos teológicos do
G12 acerca do homem diante de Deus, Pecado, Igreja e Santidade são ensinos
antibíblicos.
O G12 emprega métodos
psicológicos (Controle da mente), sendo um movimento extremamente perigoso
porque pode trazer inúmeros problemas psicológicos a médio e longo prazo aos
participantes.
Fundador
O "pr." César
Castelhanos Dominguez, da Colômbia, fundador da "Missão Carismática
Internacional", a qual declara-se uma igreja evangélica, com sede em Calle
22C Nº 31-01 - Bogotá Colômbia e, segundo Castelhanos, conta com 170 mil
membros e 15 mil células ou grupos familiares.
Origem
O movimento surgiu de uma
"Visão" que o "pastor" César Castelhanos diz ter recebido
de Deus em 1991: consistia numa orientação para que ele trouxesse ao mundo o
"novo modelo" de crescimento de igreja para o futuro. Veja a tônica
da visão de Castelhanos: - "Nesta ocasião, escutei o Senhor dizendo-me:
Vais reproduzir a visão que tenho dado em doze homens, e estes devem fazê-lo
como outros doze, e estes por sua vez em outros doze".
O Movimento no Brasil
O movimento é representado
no Brasil na voz da "pastora" Valnice Milhomens e na do
"pastor" René Terra, e vem se espalhando por todo o Brasil.
No ano de 1999, a
"pastora" Valnice Milhomens trouxe o "pr." César
Castelhanos ao Brasil para uma convenção em São Paulo, onde 3500 pastores de
todos os segmentos evangélicos, representando todos os estados da federação,
fizeram-se presentes. A partir daí a visão de Bogotá tornou-se conhecida no
Brasil, sendo aderida por muitos.
Métodos do G12
"O encontro é
tremendo!" Este é o chavão usado entre as pessoas que participam dos
encontros do G12. Os encontros, retiro de três dias, são a forma utilizada pelo
movimento do G12 para alcançar adeptos. Os tais não são nada mais do que uma
lavagem cerebral. Dividem-se em encontros e pré-encontros e são realizados
periodicamente. O candidato a adepto só participa depois de superar as fases
iniciais que poderão capacitá-lo a ser membro do movimento. O que acontece nos
encontros é expressamente proibido de ser divulgado pelos participantes, dando
ao movimento idéia de uma sociedade oculta. Quando recebemos algo bom o que
mais queremos é anunciar a todos, o próprio Cristo disse que anunciássemos as
boas novas, porém no G12, a prática é totalmente contrária: as experiências lá
vividas não podem ser divulgadas a ninguém. Obs. Segundo Josué Mello Salgado, na
apostila Desmistificando o G12: "Os métodos de persuasão usados no
encontro, em muitos casos, estão chegando às raias de uma lavagem
cerebral".
Regressão
Existe um manual de
realização de encontros, porém os adeptos só têm acesso após participarem do encontro.
Neste manual ensinam que para a libertação de traumas passados é necessário
fazer uma espécie de regressão a qual deve estender-se até a vida
intra-uterina, visualizando o encontro do espermatozóide do pai com o óvulo da
mãe, numa espécie de flash-back. A pessoa deve ir lembrando de todos os
acontecimentos e pessoas que lhe causaram dor, até o momento presente, depois
deve perdoar a todos.
A Bíblia diz no evangelho de
João capítulo 3 acerca do nascer de novo. O nascimento ali referido é nascer da
água e do Espírito e não nascer de uma regressão intra-uterina. A Bíblia ainda
diz que "as coisas velhas se passaram, eis que tudo se fez novo". (II
Co 5.17).
Toda e qualquer tentativa de
cancelamento de pecado por regressão, quebra de maldição ou cura interior
invalida o sacrifício vicário de Cristo.
Vale ressaltar que a
regressão é uma prática psicoterapêutica e não um meio espiritual de
libertação.
Figuras semelhantes às
utilizadas pela seita Nova Era são utilizadas no manual, como uma roda de
oração contendo trechos da Bíblia que se colocada lado a lado com um mapa
zodiacal a roda de oração tem a estrutura deste símbolo esotérico, confundido-a
com métodos ocultistas.
Heresias, Bizarrices e
Esquisitices
Os encontros são marcados
por manifestações emocionais como gritos, urros, desmaios, ataques
incontroláveis de riso (unção do riso ou riso de Isaque), confissões de pecados
e liberação de perdão até para Deus. Líderes do G12 ensinam que o homem precisa
despertar para uma "nova consciência", e que Deus é uma fonte
geradora de óvulos pensantes e multiplicadores do bem. Para um bom
relacionamento com o criador, no entanto, propõe a observância de 5 códigos
sagrados: consciência, inovação, intenção, proposta e juramento.
O Número 12
O G12 inculca idéias
supersticiosas com relação ao número 12, fazendo-o parecer um número da sorte.
Crêem que o mesmo tem poder de abrir supostos caminhos para o sucesso e o
crescimento instantâneo da igreja, em detrimento a todos os demais números
existentes na Bíblia Sagrada, admitindo o número 12, de certa forma, como um
número mágico, supersticioso. As células não podem ultrapassar 12 membros.
Os líderes do G12 afirmam
inclusive que as igrejas que não participarem da nova visão para crescimento de
igrejas serão substituídas e estão fora da "visão" de Deus. Nesse
ponto o G12 em nada difere das demais seitas.
Quebra de Maldição
Nos encontros são feitas
confissões de pecados cometidos até mesmo no ventre materno, afim de que se
quebrem todos os vínculos do passado: bons e maus. Para isso submetem-se a uma
oração chamada "quebra de vínculo". Refutação (II Co 5.17).
Enfatizam muito nos
encontros a maldição hereditária, sua renuncia e quebra, não importando como
ela entrou, se através dos pais, avós, etc. Quebra-se a maldição do nome (pois
alguns nomes podem ser oferecidos a ídolos, demônios e etc).
Palavras de uma Testemunha
Ocular
"O preletor fez
explanações sobre corpo, alma, espírito, com as possíveis feridas emocionais e
suas diversas causas, depois foi colocado uma música envolvente, iniciando
então a regressão até a fecundação. Seguindo para adolescência, puberdade e
suas conseqüências pecaminosas, logo após aconteceu o que chamo de
"fenômeno do cai-cai". O preletor ministrou a unção com óleo em cada
participante e estes caiam no chão (recebendo uma pequena ajuda, sendo
empurrados na testa). Foi então entregue um pedaço de papel e uma caneta para
que escrevêssemos todas as transgressões que lembrássemos. Depois fomos
separados em grupos de doze pessoas, para lançar todos estes papéis pecaminosos
em uma fogueira".
Os líderes de células
São escolhidos os que mais
se destacam entre os próprios participantes. Mas como são preparados estes
líderes? Recebem um treinamento de seis meses onde aprendem técnicas de
manipulação e persuasão e após o curso já estão "aptos" para
organizar e dirigir uma célula, onde irão pregar, ministrar ceia, batizar e até
ouvir a confissão de pecados de seus discípulos.
Objetivo do G12
Veja no vídeo abaixo da onde surgiu a ideia do G12 irmãos, meu Deus! e eu que fiz o encontro em Goiânia no incio desta "coisa"...para piorar, eu ajudei uma igreja disseminar esta heresia em Araguaína, deu no que deu!....Eu pendoei a Deus, mas agora sou eu que preciso ser perdoado, me perdoa Yeshua/Jesus! OPS!
Veja no vídeo abaixo da onde surgiu a ideia do G12 irmãos, meu Deus! e eu que fiz o encontro em Goiânia no incio desta "coisa"...para piorar, eu ajudei uma igreja disseminar esta heresia em Araguaína, deu no que deu!....Eu pendoei a Deus, mas agora sou eu que preciso ser perdoado, me perdoa Yeshua/Jesus! OPS!
Quem são os que aderem ao
G12
São crentes ingênuos ou
desconhecedores da doutrina bíblica da salvação, que não lêem a Bíblia e nem
participam da Escola Bíblica; pessoas em busca de novas experiências fora da
Bíblia e que não conseguem ter essa realização "espiritual" em suas
igrejas, tornando-se presas fáceis destes movimentos; pastores ambiciosos por
status e dinheiro e frustrados com a liderança de suas igrejas, sem
perspectivas, sem projeção.
Erro do G12 (Conclusão)
O grande erro do G12 é
querer ser a revelação única e exclusiva de Deus na terra. Outro grande erro é
querer que o encontro produza santificação a todo custo, e ainda os confunde
com conversão. Com isso não cremos que tal movimento seja uma opção sadia para
igrejas comprometidas com a doutrina e a Palavra de Deus.
O que fazer diante do G12 e
de outras inovações que por certo vão aparecer?
Deveríamos ser como os
Bereanos que segundo Atos 17.11 "eram mais nobres que os de Tessalônica;
pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os
dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." Não há dúvidas que trará
divisão e problemas. A Bíblia nos diz, em 1 Ts 5:21, que devemos examinar tudo
e reter o que é bom. A Bíblia não diz para nós experimentarmos tudo. Eu não
preciso fumar, beber e adulterar para saber se é mal. Existem duas maneiras de
você conhecer alguma coisa; por experiência própria ou por informação. Imagine
se tivéssemos que experimentar tudo para sabermos se é bom ou mal? A Bíblia é o
manual do crente, se você quer saber se alguma coisa está certa ou errada,
confira na Bíblia Sagrada. Vamos fazer igual aos crentes de Beréia, que
examinavam tudo que os apóstolos falavam, e não eram como Tessalônica que
engoliam qualquer coisa.
"O espírito que
introduz qualquer doutrina ou novidade que vá além do Evangelho, é um espírito
de mentira, e não o espírito de Cristo." (João Calvino)
"Qualquer ensinamento
que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover
milagres todos os dias." (Martinho Lutero)
"Fiz uma aliança com
Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou
satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e
tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de
vir." (Martinho Lutero)
O Bereano - http://www.obereano.pilb.t5.com.br/
QUER SABER MAIS SOBRE A
SEITA DO G12...PARA QUEM NÃO SABE IRMÃOS, ESSA TURMA QUER SUBSTITUIR O MODELO
DE IGREJA CRIADA POR LUTERO, PODE UMA COISA DESSA!!!...(CLIQUE AQUI)
G12, A nova revelação de Deus para a igreja contemporânea...esta doutrina tem realmente fundamentos bíblicos?
“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós
haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de
perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos
repentina perdição”. 2
Pedro 2:1
Um novo movimento
espiritual dos últimos dias tem modificado sutilmente as estruturas da igreja evangélica
mundial, o qual denominaram de “Igreja Celular” (um modelo prostituído da Igreja
do Evangelho Pleno do reverendo David (Paul) Yonggi Cho ligada a
Associação Mundial das Assembleias de Deus. Segundo o criador desta nova
visão para a igreja contemporânea pastor César Castellanos, o qual pastoreava uma igreja tradicional com
um pouco mais de 60 membros na Colômbia e hoje possui mais de 200 mil membros em
sua “Missão Carismática Internacional” já é a maior igreja do ramo neo
pentecostal da America latina. De acordo com relatos do próprio Castellanos, um
dia ele estava de férias numa praia com
sua esposa (hoje senadora na Colômbia) e ao degustar uma saborosa água de coco,
o grande Elohim, o eterno lhes revelou
que para a sua igrejinha crescer como a mega Igreja do Evangelho Pleno de Paul
Yongg Cho na Coreia do Sul, ele tinha que romper com a sua tradição religiosa e
implantar o “modelo celular” como fizera o reverendo coreano (uma espécie do
modelo de igreja dos cristão do primeiro século) e assim, ele fez e criou o ministério
G12 cheio de misticismo pagão. (É bom lembramos que a igreja do de Paul Yongg
Cho só adotou o modelo celular após a
igreja possuir mais de 10 mil membros e foi uma excelente ideia,pois Jetro já
falara isso para Moisés no deserto com os chefes de grupos)
Aqui no Brasil aquela
profetisa e conferencista famosa Valnice Milhomens, sim! foi ela mesmo que
profetizou que Yeshua/Jesus voltaria em 2007 quando afirmara em um estudo na TV
sobre a fundação de Israel em 1948 e a
ultima geração que veria a sua volta .(claro, ela estaria incluída no mesmo
pacote santo!). De acordo com sua contabilidade escatológica, disse que uma
geração é de 40 anos (não li isso na bíblia,mas?), Afirmou categoricamente que
o Cristo viria em 2007, mais até agora o filho do homem não apareceu...Ora vem
Senhor Yeshua/Jesus!. Para quem não sabe, vai ficar sabendo agora, Ela viria a
ser posteriormente uma dos 12 discípulos (a) de Cesar Castellana (esse colombiano
é um tipo de Jesus) deste movimento carismático. Recapitulando: a letra G e o
termo Carismático (isso nos parece bem familiar,não!).
O
movimento começou a tomar corpo aqui no pais quando Cesar Castellana consagrou
Valnice Milhomens como uma de suas discípulas do seu G12 (primero). dali em
diante foram realizadas várias conferências proféticas e encontros espirituais
os quais é o nosso objetivo mostrar como
funciona o G12, especialmente o seu “encontro”. Aqui na Amazônia nasceu aquilo
que pode ser considerado a maior fantasia religiosa advinda do movimento G12,
foi a recriação da visão do MIR (Ministério internacional da restauração) pelo pastor,
apóstolo e agora patriarca,o iluminado divino René Terra Nova (um tal de Paipóstolo)
que foi um dos discípulos de Cesar
Castellana mais abandou seu mestre em 2005 e fundou o MIR (Alguém pode me
perguntar...e o Castellana é discípulo de quem?...não me pergunte pois eu não sei
como explicar logicamente isso, pois Jesus e seus únicos discípulos em nível de
lideranças morreram há quase 2 mil anos! (O Sistema é uma espécie de pirâmide
espiritual) complicado né!. o curioso é que Yeshua;Jesus veio para descomplicar
a vida dos homens (aqui é ao reverso!).Agora imagine com é o resto desta
pirâmide religiosa, lideres para cá, lideres para lá...nos parece que não tem
liderados?.desconfio portanto, que a vida dos crentes deste movimento estar
embaraçada nas entrelinhas doutrinárias do movimento G12.
O ESQUEMA DE ARRECADAÇÃO DE DINHEIRO...(video)
O ESQUEMA DE ARRECADAÇÃO DE DINHEIRO...(video)
G12 - DE ESCRIVÁ A CASTELLANOS.
por
Onezio Figueiredo
O
G12 EVANGÉLICO.
O
QUE É.
Todo
movimento interdenominacional é teologicamente indefinido e ideologicamente
direcionado. Não há movimento sem objetivo determinado. O G12, embora se
apresente com o rótulo interdenominacional,
tem seu padrão doutrinário claramente estabelecido, moldado na forma da
última onda do neopentecostalismo, como veremos posteriormente.
O
QUE PRETENDE.
Como movimento paraeclesial, monta-se,
inicialmente, no corço da indefinição para:
a
- Angariar a simpatia dos membros das igrejas estabelecidas e
institucionalizadas. Até que estas se despertem e alertem seus membros, os seus
agregados apaixonados e fanáticos já serão numerosos, suficientemente fortes
para dividirem suas comunidades de origem em favor do "verdadeiro
cristianismo" que "descobriram".
b
- Colocar e manter no frontispício de seu templo ideológico, enquanto lhe
convier e lhe for útil, os temas mais evidentes da Igreja: Família,
evangelização e santificação.
c
- Tentar estabelecer, pela presença de seus "encontrantes" no
interior de cada denominação, a diferença "qualitativa", em termos
carismáticos, entre os seus membros
normais e os "melhorados" pelo G12.
d
- Impedir, pelo maior tempo possível, por meio do maçônico recurso do
"sigilo", a exteriorização de suas doutrinas e objetivos,
dificultando a pesquisa de seu corpo ideológico, a análise independente de sua
filosofia e a crítica honesta de sua confessionalidade . Não é justo, e até
antiético, recolher membros das igrejas para atividades religiosas paralelas
secretas, às escondidas. E não venham dizer que mantêm apenas "sigilo de
atividades", pois o "sigilo de conteúdo" é o mais cuidadosamente
preservado: nada de apostila distribuída
e nada de gravação e filmagem por qualquer participante. A Igreja, corpo visível de Cristo, tem de
saber onde estão, o que fazem e o que aprendem os seus membros.
e
- Deslocar a obediência e a fidelidade devidas a Cristo para os líderes do G12
e para aqueles pastores que "rezam pela sua cartilha.
f
- Sustentar e divulgar as heresias do
prosperismo e da "fé positiva."
DE
ONDE VEIO?
O
G12 Evangélico, quanto ao sistema, à metodologia operacional e ao psicologismo,
teve como antecessor o G12 de Escrivá, herdeiro do romanismo de Torquemada.
Podem alegar mera coincidência, mas é inegável a procedência jesuítica da
sigla, do sistema e dos métodos. No mínimo, há uso indevido do nome e do
esquema programático. Foi, realmente, o Padre espanhol Josemaria Escrivá de
Balanguer y Albas o criador do G12, em 02 de outubro de 1928,
organização por ele mesmo designada de "Opus Dei" – Obra de Deus.
Havia, na pré-organização, treze clérigos, todos com votos declarados e
sacramentados pelo romanismo, de obediência, castidade e pobreza. Um deles,
porém, renegou os referidos votos, contraindo matrimônio. Com os doze (12)
comparsas fiéis e submissos, formou e estruturou o G12, que o comparava,
ousadamente, com Cristo e seus
apóstolos, em que ocupava o lugar do Filho de Deus. A finalidade era recrutar
leigos proeminentes dos vários setores sociais e, nos pré-encontros, trabalhar
neles a "filosofia do sigilo", a mais poderosa arma do jesuitismo,
até ter a certeza da "fidelidade absoluta". Os recrutados, sendo
pessoas do mundo leigo, poderiam perguntar sobre que tipo de segredo havia no
Encontro. A resposta orientada ou induzida deveria ser: não há segredo nenhum.
Mantemos sigilo apenas para provocar a curiosidade. A principal recomendação dos recrutadores era: quanto
mais despertarem a curiosidade a respeito da Opus Dei, mais divulgarão sua
obra. Com o interesse de ajudar a propagação e o crescimento do G12, mantendo
sigilo, os leigos estariam "matando dois coelhos com uma paulada só":
divulgando a Opus Dei e não revelando a sua nefasta "obra secreta".
As manifestações externas mais divulgadas e difundidas, filhas prediletas
do G12 da Opus Dei de Escrivá, foram e
são "Os cursilhos da Cristandade", especialmente os que
"trabalhavam" os casais, retirados de seus filhos e demais parentes e
levados para lugares por eles completamente ignorados. A quebra de vínculos
familiares implicava o rompimento das raízes tribais e o conseqüente
comprometimento com o clero engajado na Opus Dei, a quem deveriam devotar
irrestrito amor, respeito, obediência e submissão. O primeiro cursilho,
organizado em sua própria casa, recebeu a sigla ou senha: DyA que, para os não
iniciados do mundo externo, deveria significar "Direito e
Arquitetura", mas, para os iniciados, os cursilhistas, o significado era:
"Deus e Audácia".
A
Opus Dei, filha do G12, dominou a política espanhola por muitos e tenebrosos
anos, sendo, inclusive, uma das mãos políticas do ditador, Generalíssimo
Franco.
Via
Colômbia. Da Europa Latina a Opus Dei
passou à América Latina, aportando-se na fragilíssima e, por isso mesmo,
catolicíssima Colômbia, onde encontrou campo fértil. Dominou todo clero e
penetrou fundo no mundo leigo. Da terra dos bionarcóticos espalhou-se para os
demais países sul-americanos,
encontrando no Brasil os braços abertos de um romanismo amancebado com a
política, o animismo nativo, as superstições
lusitanas e a iconolatria dos cultos africanos. Em nossa pátria, mais do
romanismo que nossa, por meio de tão amplas, ecléticas e influentes parcerias,
a Opus Dei, pelos seus tentáculos externos, Os Cursilhos da Cristandade",
o G12 em operação, cooptou para o seu
hermético redil o "melhor" de nossa sociedade: a elite do
comércio, da indústria, da política e da intelectualidade.
Na
mesma Colômbia, ninho migratório da Opus Dei, nasceu o "G12
"Evangélico", um casamento misto do método Cursilhista do padre
Escrivá com a mística da "Igreja em Células" do avivalismo
protestante Sul-coreano de Paul Yongii Cho. Concebeu-o o carismático
neopentecostal César Castellanos Dominguez que, à semelhança do genitor da Opus
Dei, codificou sua "descoberta espiritual" num livro: Sonha e
Ganharás o Mundo.
O
CRISTO DA OPUS DEI
É ASSIM QUE SE CRIA UMA FALSA DOUTRINA COM FALSOS LIDERES RELIGIOSOS, INCLUSIVE NO MEIO EVANGÉLICO.COMO O G12 CELULAR....SEMPRE VEM COM UMA VISÃO NO PACOTE.
É ASSIM QUE SE CRIA UMA FALSA DOUTRINA COM FALSOS LIDERES RELIGIOSOS, INCLUSIVE NO MEIO EVANGÉLICO.COMO O G12 CELULAR....SEMPRE VEM COM UMA VISÃO NO PACOTE.
A
liturgia dos cursilhos era a mais lúdica, a mais hilárica e a mais descontraída
possível para que a "religião" se tornasse um prazer e a submissão ao
clero uma satisfação. Enquanto isso, o sigilo mantinha a intocabilidade do
ensino e a emoção não permitia a clara racionalidade dos participantes. A
crítica, portanto, filha da democracia, ficava eliminada. O sigilo serve
também, quando conveniente, tanto ao G12 de Escrivá quanto ao de Castellanos,
para manter a clandestinidade.
O
Cristo do G12 evangélico é também popular e esvaziado de poder regenerador,
gerenciador de seu rebanho e perdoador; um Salvador conforme o modelo
arminiano, que salva os "esforçados", os que "buscam" a
salvação, os que lutam para "merecê-la"; jamais o Cristo da graça, o
soberano Redentor. O cursilhizado no G12 evangélico torna-se um
"supercrente", capaz de "decidir" o seu destino espiritual
e "exigir" de Deus as bênçãos às quais faz jus por
"santidade" e por sua "herança" filial. Voltaremos, posteriormente, ao assunto. A semelhança é
inegável.
CRISTICISMO
DE ESCRIVÁ.
Em
1934, Escrivá fez publicar um manual ético e programático de sua Opus Dei com o
título "Considerações Espirituais". As reedições posteriores, a
partir de 1939, saíram com o nome de "Caminho", redigido em forma de
máximas, mais de cunho moral que doutrinário. Nessa obra fica clara a intenção
do autor de popularizar e vulgarizar o nome de Jesus, preservando, porém, o de
Maria e o do clero: esses devem ser reverenciados, não usados frívola,
irrefletida e levianamente. Cair no lugar comum, sabia Escrivá, é perder o
direito à devida honra, à tributação da reverência, à genuflexão pia e
respeitosa; o que podia acontecer com o Messias, mas não com a "Virgem
Santíssima" e com o "sacerdócio eminentíssimo" da Santa Sé. Ele
mantém um cristicismo de aparência para encobrir o marianismo de fato. Além do
mais, o Caminho é repetitivo nas ordenanças do sigilo e da submissão às
autoridades clericais. Eis alguns artigos, para efeito ilustrativo, da referida
obra:
Artigo
2: "Oxalá fossem tais teu aprumo e
tua conversão, que todos pudessem dizer quando te vissem ou te ouvissem falar:
"Este lê a vida de Jesus Cristo".
Cristo
aqui é visto mais como o "camarada" que deve ser imitado que como o
Verbo de Deus que precisa ser ouvido. Conversão, no texto, é sinônimo de
imitação.
Artigo 25: "Não discutais. Da discussão não
costuma sair a luz, porque é apagada pela paixão".
Para
o senhor Escrivá, a luz penetra apenas nos passivos, nos docilmente receptivos.
Esses são os tipos ideais de seus cursilhistas; e os que não são, tornar-se-ão
por lavagem cerebral nas terapias grupais induzidas e conduzidas.
Artigo
30: És calculista. Não me diga que és jovem. A juventude dá tudo quanto pode;
dá-se a si mesma sem medida".
No
conceito casuístico do clero cursilhista, jovem é o que se entrega sem medida,
o que se deixa levar; e como o levam! Vejam, pelos artigos transcritos abaixo, como o G12 jesuítico
recrimina e repele a pesquisa, a perquirição, a liberdade de questionar e
criticar:
Artigo
48: "Pouco rijo é o teu caráter; que mania de te meteres em tudo! –
Obstinaste-te em ser sal de todos os pratos... e – não te zangues se te falo
claramente – tens pouca graça para sal; não te atrevas e desfazer-te e a passar
inadivertido à vista, como esse condimento. Falta-te espírito de sacrifício. E
sobeja-te espírito de curiosidade e de exibição".
Artigo
49: Cala-te. Não sejas " meninão", caricatura de criança,
bisbilhoteiro, intriguista, linguarudo. Com tuas histórias e mexericos
esfriaste a caridade – má língua- os muros fortes da perseverança de outros, a
tua perseverança deixa de ser graça de Deus, porque é instrumento traiçoeiro do
inimigo".
Artigo
50: "És curioso e bisbilhoteiro, metediço e enxerido. Não tens vergonha de
ser, até nos defeitos, tão pouco masculino? Sê homem. – E esses desejos de
saber da vida dos outros, troca-os por desejos e realidades de conhecimento
próprio".
Artigo
53: "Esse espírito crítico( concedo-te que não é murmuração), não o deves
exercitar no teu apostolado, nem com teus irmãos. – Esse espírito crítico é,
para o vosso empreendimento sobrenatural( me perdoas que o diga?) um grande
estorvo, porque, enquanto examinas – embora com elevada finalidade – o trabalho
dos outros, sem teres nada que examinar, não fazes nenhuma obra positiva, e
entravas, com teu exemplo de passividade, o bom andamento de todos".
"Que
quer dizer que... "-perguntas inquieto" " – ...esse espírito
crítico, que é como que a substância do meu caráter?...".
Olha,
vou te tranqüilizar: pega uma caneta, anota ao superior, e não penses mais
nada. – Ele, que é quem vos dirige e tem graça de estado, arquivará a nota...
ou a jogará no cesto de papéis. – Para ti, como o teu espírito crítico não é
murmuração, e só o exercitar para fins
elevados, tanto faz."
O
G12 romano trata o pesquisador dos fatos emergentes, o indagador das realidades
sociais e o garimpeiro das verdades doutrinárias de mexeriqueiro,
bisbilhoteiro, intriguista, metediço, enxerido e linguarudo. Nada de indagação,
nada de curiosidade. O cursilhista é condicionado à passividade, a tornar-se
como um cadáver nas mãos dos superiores eclesiásticos. Assim, fecham-se as
bocas e abrem-se os ouvidos; anula-se a mente e dilata-se a memória; esvazia-se
a cabeça de todas as interrogações e enche-a de afirmações dogmáticas
"indiscutíveis" e "inquestionáveis"; e então o
"gedozista" sai do "tríduo"
remodelado, verdadeira
"caricatura" de crente, imagem e semelhança de seus modelos,
mas fanaticamente convicto de ter tido real "encontro com Cristo".
Sigilo,
arma da Opus Dei e alma do Cursilho. Todo o empenho de eliminar o
"espírito crítico" do cursilhando visa criar nele as condições
mentais e psíquicas à submissão "consciente" aos seus "guias espirituais" e
predispo-lo à aceitação dos ensinos e ordenanças constantes do esquema
programático do tríduo de Escrivá. Atentem bem para o Artigo 58(1): "Olha,
meu filho. Sê um pouco menos ingênuo(ainda que sejas muito criança, e mesmo por
o seres diante de Deus) e não "ponhas na berlinda, diante de estranhos, os
teus irmãos." Pegar os negativos
dos cursilhantes e dos cursilhados, revelá-los e expô-los ao juízo público,
colocá-los na "berlinda" para que não atuem na clandestinidade ou sob
disfarce é, na opinião do pai da Opus Dei, "ingenuidade",
"meninice". Para ele, maturidade é a capacidade de ocultar-se e
ocultar intenções e propósitos, ou seja, ser
hipócrita. Quanto mais secreto o Cursilho, mais livremente atuante,
menos oposição dos contrários. Não se opõe ao que se desconhece.
O
G12 EVANGÉLICO.
ultrapassando,
em tempo recorde, as fronteiras da conturbada Colômbia. Do modelo Cho, Castellanos retirou
a "célula", embasada na família e liderada por um líder subordinado ao supervisor e ao chefe geral.
Do
modelo Escrivá, o G12 romano, aproveitou:
a
- O sigilo rigoroso de programação e de conteúdo.
b
- A concentração de atividades, para não permitir reflexão ou desvio de
atenção, isto é, fuga mental do "esquematizado" no hermético
Encontro.
c
- O psicologismo pelo qual se faz a "conquista" do encontrista ou, em
outras palavras, sua lavagem cerebral.
d
- A triagem e o preparo da clientela pelos pré-encontros.
e
- A implantação da idéia de que nada existe
melhor que o "Encontro": a Igreja não é capaz de, pelas
atividades comunitárias, fazer igual. Tal idéia é "plantada" no
encontrista e, por meio dele, implantada na Igreja institucional de que
"fazia" parte. Depois de catequizado no G12 de Castellanos, o
"gedozista" passa a renegar a Igreja comunitária tradicional como
ineficiente, desatualizada, apática e descompromissada com a evangelização. Uma
vez gedozista, gedozista sempre.
As
semelhanças (ou heranças) vão além: O
G12 evangélico de Castellanos, exatamente como o G12 romano de Escrivá e o
modelo celular de agrupamento de Cho, fundamenta seu "sistema" bem
sucedido em três pilares:
1
- O paraeclesiasticismo: retirada dos membros de suas comunidades para que, no
"aprisco" do G12, sejam "redoutrinadas" e
"redirecionadas" ministerialmente. Fica mais fácil
"trabalhar" a cabeça do "gedozista", retirando-o de sua
comunidade em que, durante anos, fixou raízes; separando-o de sua família na
qual tem vínculos afetivos, sociais e religiosos profundos; afastando-o da
liderança pastoral de sua grei pelo qual vinha sendo orientado e doutrinado
efetivamente. É a técnica do leão: espreitar, selecionar a vítima, isolá-la do
grupo e, finalmente, abatê-la. Ao retornarem ao rebanho original, portando uma
"nova" visão de igreja, de santificação e de evangelismo, duas coisas
podem acontecer-lhes: a- revelarem-se desajustados e, portanto, apáticos e
descontentes ou b- tornarem-se "reformistas" e
"proselitistas" em sua denominação. Hoje, os ministérios regentes e
docentes da Igreja devem acautelar-se contra todos os "movimentos"
interdenominacionais, especialmente os que operam nos campos formativos e
informativos. A santidade dos "santos" paraeclesiásticos avalia-se
pelo grau de emotividade e de sentimentalidade, enquanto a do membro comunitário
afere-se pela vivência diuturna, sistemática, testemunhal e permanente na
Igreja, corpo inclusivo de todos os irmãos: solteiros, viúvos e casados.
2
- O sigilo: O sigilo servia ao G12 católico(Opus Dei) e serve ao
"evangélico" para a consecução dos seguintes objetivos:
a
- Provocar a curiosidade e despertar a vontade de conhecer o
"desconhecido". Dizem os "gedozistas" que não há nada a
esconder-se. Se não, a organização, que
se diz cristã, já parte da mentira e do engodo, o que revela desonestidade injustificável.
b
- Ocultar das lideranças eclesiais os verdadeiros objetivos do "Encontro
Tremendo", como o chamam. É difícil, se não impossível, um estranho ou
líder de outra denominação ou movimento
fazer suas ideologias penetrar o corpo de uma igreja bem estabelecida. Possível,
no entanto, lhe será fazê-lo por meio de elementos recrutados,
"preparados" e "condicionados", consciente ou inconscientemente, e
"recolocados" no coração da comunidade como "ministro". É o
procedimento "gedozista".
c
- Narcotizar os participantes para serem apenas ouvintes receptadores das
palestras, seminários e estudos, não questionando, à luz de sua formação
doutrinária, as afirmações ouvidas.
d
- Não lhes entregar nenhum documento escrito, gravado ou filmado, para que não
caiam nas mãos de "curiosos" e "contestadores
inconvenientes". Tudo fica sob rigorosa proteção do sigilo.
e
- Manter o "segredo da maçonaria
carismática", com seu "bode" oculto, para "proteção"
do sistema e de suas ideologias. Todo encontrista tem de assinar o seguinte compromisso:
"Eu me comprometo a não mencionar nada
do que aconteceu no Encontro. Terei a responsabilidade de incentivar outros a
fazerem o Encontro e a experimentar como o "Encontro é tremendo"(
Manual do Encontro, pág. 99).
Presbíteros
e pastores, acautelem-se contra tudo que, no campo doutrinário e
eclesiológico, aparecer com os disfarces
do sigilo e do interdenominacionalismo.
3-
O tríduo: A concentração de intensas informações, palestras, meditações,
orações, reflexões individuais e coletivas, reuniões litúrgicas com muitos
cânticos "apropriados", horários rígidos, monitoramento implacável,
momentos de emocionalização, "surpresas" de ordem conjugal,
declarações "inesperadas" de amor, confissões de pecados, regressões
psíquicas, "separações" de cônjuges para auto-avaliação, isolamentos
sociais( tudo em curtíssimo tempo), contribuem para a irracionalização, por um lado, e intensíssima emoção, por
outro, dando ao participante a sensação de um "antes" ruim, um
"durante" angélico", indescritível, e um "depois"
restaurado, maravilhoso. O tríduo é apropriado às técnicas de emocionalização;
esta leva ao condicionamento, à submissão passiva; resultando, finalmente, na
"lavagem cerebral" ou "reconversão" do
"paciente". Quem cai no "encontro secreto" pode
desencontrar-se, e sem perceber, apassivar-se. O cérebro que se habitua a
somente receber, perde a capacidade de ação e reação. O emocional, o lúdico, o
prazeroso, o apelativo ao imediato, são excelentes "iscas" para
atrair e prender os latinos, "quentes" e emotivos por natureza e
cultura; muitos necessitados e
abandonados por governos ditatoriais e
ruins.
A
Igreja dividida em células torna-se um aglomerado de igrejinhas
comunitariamente inconsistentes, doutrinariamente fragilizadas e facilmente
manipuláveis.
A
correlação entre o G12 evangélico e o G12 de Escrivá é mais estreita do que a
existente entre o sistema gedozista do pastor colombiano e a Igreja em células
de Yonggi Cho; com um agravante para o "Encontro Tremendo" de
Castellanos: a sua pretensão de enfraquecer e até liquidar as igrejas institucionais, que
decidem todas as questões internas em grandes assembleias. O
"projeto" G2 firma-se exclusivamente em um líder, que resolve todas
as pendências e toma individualmente quaisquer decisões sem nenhuma consulta
coletiva.
ENCONTRO
DE FAMÍLIAS – ESTRATÉGIA.
Família,
um dos alvos do Encontro. O criador e os mantenedores do "gedozismo"
sabem que a manipulação e o controle da sociedade devem começar pela base, a
família; e nessa, pelo binômio central: marido e mulher. O G12 de Escrivá e o
de Castellanos usam os "encontros familiares" como estratégia de conquista.
Tendo em mãos, no conjunto, as mais influentes famílias da Igreja, sobre a
mesma dominarão pela influência, pelo
cisma ou pelo domínio. Desse modo, quer por debilitação quer por dominação, a
instituição eclesial será vítima por suposta "vontade própria" e até
prazerosamente, como o aracnídeo que se deixa devorar pela fêmea que lhe deu
prazer momentâneo.
Embora
o casal humano, "imagem e semelhança de Deus", seja a semente do
organismo social, seu ponto de origem, seu apoio e sua alavanca, e a Igreja não
foge à regra, está passando por inomináveis desafios e crises: Liberação social, econômica e sexual da
mulher; autoridade doméstica bipolarizada; competição igualitária dos sexos no
mercado de trabalho; independência financeira da esposa; apelo da mídia e da
sociedade à sexualidade feminina, despertando no antigo sexo reprimido a ânsia
de prazer orgástico, de satisfação coital; a exigência de melhor
"desempenho" do parceiro em termos de carícias libidinosas e de
relação em si, para que a consorte lhe compartilhe a efusão gozosa. A
realização feminina no ato de amor é tão propagada e tão intensamente sonhada e desejada pela maioria das mulheres
que, hoje, a quantidade de esposas "mal amadas" é incalculável. As
frágeis, especialmente as não cristãs, trocam de parceiros frequentemente, e
algumas, depois de velhas, declaram ter encontrado, finalmente, o prazer nas "fantasias sexuais" com homens
mais jovens e liberalizados. Tudo isso, mais os choques das individualidades,
das idiossincrasias de cada um, da facilidade, à vista, do divórcio, das
dificuldades de geração, criação e educação de filhos, da fragilidade da Igreja
em cuidar adequadamente dos seus lares constitutivos, geram problemas sem
precedentes nos casamentos modernos. Aí, à margem das igrejas estabelecidas, aparecem
as "Pastorais da Família"; os "Cursos para Cônjuges", os
"Encontros de Casais", especialmente os de "programação
secreta" como o G12. O paraeclesiasticismo, utilizando e manipulando a
família em crise, está minando a Igreja de maneira séria e gravíssima. A
carência feminina e a instabilidade masculina
são pontos frágeis, que podem levar a desajustes conjugais, a desejos
contidos, a complexos explícitos ou ocultos, a frustrações veladas e
reprimidas; quadro que expõe o cônjuge à manipulação psíquica de
"líderes" inescrupulosos. Transmutar o complexo de inferioridade em
superioridade, usando recursos promissivos por vias emocionais e apelativos não
é incomum nas "terapias coletivas" exploradoras da esperança e da
credibilidade espiritual dos "pacientes". Aos derrotados ideal, moral
e psicologicamente, aos que buscaram prazer e encontraram a dor; a esses, a
oferta da "felicidade", da paz, da "conquista" do paraíso
celeste é irresistível. A busca do bem imediato é a ânsia da maioria. Almeja-se
a glória, renegando-se a cruz; busca-se
o benefício pessoal, rejeitando-se a renúncia do "ego"; toma-se a
estrada da vida, descartando-se o Calvário de cada dia; procura-se a bênção,
fugindo-se da servidão e do sacrifício implícitos no caminhar cristão. Esse é o
cristianismo prosperista do G12.
Igreja, Encontro de Famílias.
A
fraqueza comunitária do romanismo,
agravada com o relaxamento moral, justifica os seus "Cursos para
Casais" e suas "Instruções Pré-matrimoniais". A Igreja
protestante, no entanto, é comunitariamente forte, eticamente consistente e
doutrinariamente sólida. Nossos rapazes e nossas moças, desde o "Rol do
Berço", aprendem os princípios morais estatuídos nas Escrituras: Respeito
aos pais; fidelidade ao cônjuge; indissolubilidade do matrimônio; amor
conjugal; respeito ao direito do outro; sexo somente no casamento; testemunho
cristão no lar e no mundo. Nossos filhos recebem educação religiosa na família
e na Igreja. Tansmite-se-lhes, vivencial e oralmente, o objetivo
compartilhamento do casal em todas as atividades domésticas. Os pais
evangélicos procuram viver uma vida moral sadia diante dos filhos. Aos
nossos filhos ensinamos que: Cristo coabita com seus servos; Deus dirige a
vida de todos os seus redimidos; a moralidade e a espiritualidade são
fundamentais na constituição e perpetuação da família. Alguns, que não nos
conhecem, divulgam que: os rapazes protestantes, em virtude da repressão,
tornam-se inabilitados sexualmente; as moças, também muito reprimidas, casam-se despreparadas e, em
decorrência, são mulheres frustradas e socialmente inibidas. Sobre essas
questões, observemos o seguinte:
a
- À luz da nova sexualidade feminina, especialmente a veiculada pelo feminismo,
as nossas ancestrais são julgadas e, por esse julgamento "a posteriori",
classificadas de sexualmente irrealizadas e infelizes, mas foram elas as
protagonistas do romantismo; as que receberam flores e serenatas; foram
exaltadas em prosa e verso, admiradas por seus maridos; mães de gerações
admiráveis e maravilhosas; modelos de dignidade e honra para os pósteros. E as
"felizes" de hoje, liberadas sexual e socialmente, são, porventura,
realizadas? Estão criando uma geração melhor que as anteriores? Estão realmente
satisfeitas conjugalmente? Satisfazem realmente seus maridos?
b
- O sexo é um componente, importante, é verdade, mas não o único nem o
principal na constituição da unidade conjugal: o companheirismo, o respeito
mútuo, o amor recíproco, a responsabilidade pactual, os compromissos de ambos
na criação e educação dos filhos, são fatores solidificantes absolutamente
indispensáveis no estabelecimento e perpetuidade do casamento. O dever precisa
ter prioridade sobre o prazer.
c
- Muitos preletores de "encontros
de casais" falam da união social dos cônjuges a partir da união sexual,
colocando o sexo no centro e como cerne da vida conjugal e moral, revivendo os
conceitos de Freud sobre a centralidade da libido na formação do homem. Para o
cristão, no entanto, o maior e mais profundo dos prazeres, o que deve ser
cultivado, é o espiritual. O sexual, legítimo, quando nos seus limites,
praticado segundo a ordem natural e as normas bíblicas, não há de superar nem
eliminar o espiritual. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus,
compõe-se de matéria e espírito e, portanto, expressa-se, de maneira
equilibrada, com predominância do espiritual sobre o sensorial, do pneumático
sobre o somático. O sexo é natural, instintivo, compulsivo e impulsivo; não
precisa ser ensinado. Quem o ensinou aos animais? A libido potencial interna
sempre aflorou por ação hormonal
mediante estímulos externos de simpatia e sedução, faculdades inatas dos sexos
opostos para se atraírem e coabitarem. Na verdade, os seres animais não se
coabitam por racionalidade ou por prazer, mas por atração irresistível e
seletiva, cumprindo a lei biológica da reprodução e da perpetuação da espécie.
O homem fez do sexo fonte de prazer, instrumento de diversão e meio de renda.
Sendo um ato natural, espontâneo, realização do impulso reprodutivo, quando
submetido às habilitações e às técnicas conubiais eróticas, deprava-se e mais
distante fica dos propósitos originais, estabelecidos pelo Criador na criação e
na instituição do casamento. Os conflitos sexuais modernos são maiores e de consequências
mais graves que os atribuídos aos nossos antepassados. O prazer maior de nossas
mães era a maternidade; o prazer maior da mulher moderna é a sexualidade.
O
crente, formado em uma comunidade calvinista, não precisa da doutrinação
conjugal, teológica e missionária do G12: as de sua Igreja são mais
consistentes e mais fundamentadas nas
Sagradas Escrituras, segundo os parâmetros reformados. Os ministérios docente e
regente devem estar atentos à penetração, na Igreja, de ideologias incompatíveis
com a nossa fé bíblica e reformada.
A
Igreja é, por natureza, uma comunhão de famílias, e deve ser o ambiente
adequado e propício ao "encontro de casais", quer por necessidades
didáticas quer por motivações sociais. Encontro de casais fora do universo
familiar da comunidade eclesial, quando promovido por estranhos à Igreja,
merece reservas por parte do ministério liderante.Diz-nos o adágio popular:
"cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém." Os modismos
paraeclesiais não ajudam o fortalecimento da Igreja. Lembrem-se da onda de acampamentos
interdenominacionais para a juventude? O mal que causaram às igrejas
estabelecidas, especialmente as reformadas, tolerantes por formação, foi
incalculável e irrecuperável.
OS
QUE PRECISAM, NÃO RECEBEM.
O
G12 evangélico, à semelhança de seu predecessor, o G12 católico, coopta nas
igrejas, prioritariamente, as mais influentes famílias, especialmente em termos
sociais, morais e aquisitivos, sob a pressuposição de "santificá-las"
por meio da "terapia regressiva", "melhorá-las" sentimentalmente,
torná-las mais "apaixonadas" por Cristo, "conjugalmente
realizadas", mais "comprometidas" com a "missão",
especialmente a do "Encontro". Alguns "encontristas" já me
disseram: "O que o Encontro faz, a Igreja não é capaz de fazer". O
conceito da "insubstitualidade" da obra do "Encontro" fica
arraigado no coração e na mente dos participantes, o que já é o primeiro passo
para "substituição" da união comunitária de sua Igreja pela do G12. E
não me digam que isso é pressuposição, pois, efetivamente já está ocorrendo, e
com famílias bem constituídas e até então firmes em suas comunidades eclesiais.
As
famílias pobres, faveladas, humildes, vítimas de todos os conflitos
imagináveis, incluindo os conjugais: pois, muitas delas, constituídas na base do
"ajuntamento", do concubinato, e isso por falta de recursos
financeiros para o casamento ou por deficiências morais e despreparo social,
ficam, por si mesmas e pelas contigências, excluídas. Essas famílias,
verdadeiramente carentes social, religiosa e espiritualmente, não é o público
preferido – público alvo- do G12; não atende plenamente aos seus
"objetivos". Na verdade, o tal "Encontro" não passa de
"encontro" dos que menos precisam dele. São capitaneados para o
"Encontro Tremendo" aqueles dos quais o G12 mais necessita para sua
"estratégia missionária": espalhar-se no organismo eclesial por meio
de "células" doutrinariamente cancerosas.
IMPLANTAÇÃO
E FIXAÇÃO.
O
G12 inicia-se com um "inocente" "encontro", algo que
"pretende" agir como "apoio" das igrejas,
"cooperar" com elas, "entusiasmar" seus membros,
"evangelizar" para elas. Conseguindo a "simpatia" de
pastores e a adesão dos membros mais proeminentes das várias denominações, o
G12 implanta-se, fixa-se, adquire sede,
monta esquema definitivo, divulga endereço e telefone, institucionaliza-se.
Embora os encontros continuem em "lugares surpresa" e sob sigilo, o
seu QG torna-se bem localizado e definido. Nessa fase, o "estrago"
nas denominações, especialmente as históricas, já se realizou irreversivelmente,
e o G12 impôs-se como "Igreja celular", firmada em caudilhos
carismáticos.
O
ENSINO DO G12.
Antes
de especificarmos e detalhar o "ensino do G12, firmemos nossos postulados
doutrinários. As igrejas tradicionais, especialmente as de fundamentação
reformada, não podem permitir a "gedozização" de seus membros em
virtude de seus princípios doutrinários, que resumiremos nos seguintes
postulados:
01
- Deus é soberano absoluto: imutável em
seu ser, vontade, propósitos, palavras e atos.
02
- Deus é auto-suficiente: não depende em nada de sua criação e das suas
criaturas.
03
- A queda derrubou a humanidade inteira: aprouve a Deus salvá-la e recriá-la
por meio de um remanescente eternamente eleito em seu Filho Jesus.
04
- A salvação dos eleitos: Os eleitos são chamados pela Palavra de Deus
instrumentalizada pelo Espírito e salvos
pelo o Eleito dos eleitos, nosso Senhor Jesus Cristo.
05
- Salvação graciosa: A salvação, pressuposta na eleição, é ato da livre graça
de Deus e, portanto, incondicional; nada existe no homem e por meio dele, que o
leve a merecer ou conquistar a vida eterna.
06
- Fé salvadora: O instrumento pelo qual Deus opera no homem a conversão e a
santificação é a fé salvadora, um dom da graça: não procede do pecador; vem de
Deus.
07
- O chamado do eleito: O eleito é irrecusavelmente chamado, pois a graça é irresistível.
08
- Os salvos perseveram: Deus, por sua imensurável misericórdia, não permite que
o salvo se perca. O regenerado jamais voltará ao estado de velha criatura; do redimido
nunca se retirará a redenção.
09
- Regenerado: pecados esquecidos. Dos pecados anteriores Deus não se lembrará. A partir do ato regenerador, o redimido passa
a ser nova criatura, nada lhe restando da irregenerada vida pregressa.
10
- Pecado perdoado: pecado sepultado, esquecido: Deus não se arrepende do perdão
concedido; dos pecados perdoados não mais se lembra.
11
- Pecados expiados: Nossos pecados são expiados em Cristo, o Cordeiro vicário. A graça do perdão
não se opera fora e à margem do Filho de Deus.
12
- Pecador, mas justificado. A semente do pecado, ou "pecado
original", permanece no redimido;
porém, Deus não lhe permite a queda , pois o mantém sob controle e preservação
do Espírito Santo, que nele habita. Pecador sim, mas pecador escolhido,
justificado, regenerado e salvo por Deus.
13
- A incondicionalidade da salvação: A graça pressupõe a incondicionalidade do perdão: o homem nada
pode fazer de si mesmo para eliminar de
seu ser a malignidade do pecado; somente a misericórdia divina é capaz de
"purificar" o eleito chamado, salvo e regenerado.
14
- A Palavra de Deus: As Escrituras são nossa única regra de fé e norma de
conduta: fora delas não existe revelação verdadeira; contra elas não há
condutas retas.
15
- Espírito Santo: Ele é o único intérprete das Escrituras: ilumina-as para o
entendimento dos escolhidos;
interpreta-as corretamente; aplica-as ao pecador, fazendo-as
convencê-los do pecado, da justiça e do juízo.
Diante
de tais primados, o ensinamento do G12 se nos apresenta anti-reformado e
inconveniente à nossa gente, pois aurido de fontes neopentecostais
teologicamente duvidosas; procedente de supostas "revelações" ao senhor César Castellanos. Focalizemos
agora as doutrinas práticas do G12:
01
- TERAPIA DO EXTRAVASAMENTO.
Ao
encontrante, depois de uma sessão emocionalizante, que reduz o participante a
um estado emocional e espiritualmente tenso, "convencido" de sua
deprimente condição de pecador
impenitente, dá-se-lhe a oportunidade de extravasamento, quando se lhe
recomenda chorar, gritar e urrar sem receios e sem quaisquer preocupações com
censuras e críticas. Esse
"choque" psicoterápico de natureza catártica, no contexto de
"encontro espiritual", ajuda "eliminar", entendem, os
sentimentos de remorso pelos erros do passado.
A
psicologia utiliza-se de tais processos, porque trabalha com sentimento de
culpa e com frustrações complexantes reprimidas. Porém, aplicar métodos psíquicos no "tratamento"
de pecadores, com a intenção de eliminar-lhes os pecados em "sessão
religiosa", é inconcebível a um reformado consciente. Somente Deus,
ninguém mais, pode perdoar pecados, e
ele o faz por expiação e completamente, jamais por meios psicológicos. O pecado
não se acumula no inconsciente na forma de recalques nem se expressa por meio
de complexos; ele é transgressão da lei de Deus e somente o perdão do próprio
Deus é capaz de eliminá-lo. "Consciência de pecado" não se assemelha
à "consciência de culpa". O fato espiritual e o fato psíquico, embora
correlacionados, são focalizados separadamente pelo teólogo e pelo psicólogo. O
pecado é infidelidade a Deus; o sentimento de culpa origina-se numa falha moral
ou num fracasso pessoal – ideal não realizado.
02
- MUNDO NATURAL: PROJEÇÃO DO SOBRENATURAL.
O
G12 ensina que o homem é um sonhador no sentido literal. Ele sonha, porque o
sonho é uma forma de contato com o mundo sobrenatural. Todos os fenômenos do
mundo natural e tudo que nele ocorre originam-se no sobrenatural. Portanto,
qualquer coisa de que precisarmos aqui,
temos de buscá-la, primeiro, no universo original, o mundo além; e esta busca
dar-se-á por conquista mediante a fé positiva e a oração determinativa. Isso
não passa de teologização do platonismo: A realidade existe no universo das
idéias; aqui, no mundo fenomênico, os seres e os pensamentos são apenas
projeções do real arquétipo. Em
consonância com tal teologia filosófica, o homem é conclamado pelo G12 a sonhar: "Sonha,
e Ganharás o Mundo". Todos os seres humanos têm "sonhos", e
muitos. Jesus veio "despertá-los"; o que significa: o transcendente
reside potencialmente no homem, está dormente, mas o Messias pode desenterrá-lo
do fundo de cada ser e transformá-lo em realidade concreta. Isso nega a tese da
"inteira inabilidade do homem" para realizar-se espiritualmente e faz
Jesus ser apenas o "psicólogo" desenterrador de potencialidades
dormentes, de capacidades ocultas(2). Sobre a relação do mundo natural com o
espiritual, isto é, do terreno com o celeste, o "Manual do Encontro"
afirma: "A nossa existência no mundo físico teve seu aval no mundo
espiritual"( Pág. 13). "Tudo o que acontece no mundo natural tem de
ser conquistado primeiramente no sobrenatural"(Pág. 62).( Textos citados
de "G12- Hist. e Avaliação, SPBC/ IPB, pág. 73). Todos os benefícios
terrenos emergem do céu mediante conquista humana. Todas as bênçãos e fatos
benéficos estão depositados no além, "no mundo sobrenatural",
"pertencendo por direito" aos homens, mas somente serão liberados por
meio de "requisição" "positiva" de seus herdeiros. Quem não
exige, não consegue. Absurdo!
03
- MALDIÇÕES.
A QUEIMA DAS MALDIÇÕES NA FOGUEIRA
A QUEIMA DAS MALDIÇÕES NA FOGUEIRA
Cremos
que somente Deus, pelo seu Verbo Criador, teve e tem poder para amaldiçoar e
abençoar em virtude da dinâmica operativa e imperativa de sua palavra, quer
pronunciada diretamente(viva vox) quer vocalizada por um de seus profetas. As
bênçãos e as maldições que aparecem nas Escrituras, portanto, procedem do eterno
Revelador e não de finitos mortais. Além do mais, as maldições da Bíblia são
preestabelecidas para desobediências grandes e ofensas graves( Pv 26. 2; Gn 3)
ao Rei dos reis, especialmente quebra de seus mandamentos. A "palavra da
maldição", em Zacarias, é visualizada num "rolo voante", quer
dizer, de presença e ação universais. Eis como ele conclui a visão: "Esta
é a maldição que sai pela face de toda a terra, porque qualquer que furtar será
expulso segundo a maldição, e qualquer que jurar falsamente será expulso também
segundo a mesma maldição."( Zc 5. 3). Maldição, neste contexto, significa
"juízo da Lei. "Segundo a maldição" é o mesmo que "segundo
a Lei". A imprecação contra Deus é blasfêmia( Jó 1. 5, 11; 2. 5, 9). Entre
os pagãos, todavia, o conceito de maldição envolvia homens e deuses. O caso do
pedido de Balaque, rei dos moabitas, a Balaão é típico. O profeta, porém, não
teve autorização divina para amaldiçoar os adversários de Balaque; antes, os
abençoou( Nm 22 e 23). Os símbolos da maldição e da bênção, dois poderes
judiciais de Deus, enquadrados na sua divina providência, foram os montes Ebal
e Gerizim( Dt 27. 13-26). Deles os sacerdotes, com base na Lei de Javé, e nunca
por conta própria, proferirão maldições e bênçãos. O curioso é que os sacerdotes
da maldição eram separados dos da bênção( Cf Dt 27. 12, 13). Leiam os exemplos
de maldição registrados em Dt 27. 15-26. Os montes Ebal e Gerizim, na nova
dispensação, foram substituídos pelo monte Calvário, onde Deus ordenou a bênção
da redenção e a da maldição na pessoa de seu Filho, que é, ao mesmo tempo, o
bendito Cordeiro vicário, nosso substituto, e também o "maldito",
segundo a Lei: "Cristo nos resgatou
da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, pois está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro para que a bênção de
Abraão chegasse aos gentios em Jesus Cristo. a fim de que recebêssemos, pela
fé, o Espírito Santo."( Gl 3.13,14). O regenerado, pois, é eternamente
abençoado por Deus em Cristo Jesus; nenhuma maldição pesa ou pesará sobre ele.
Acreditava-se,
no mundo gentílico, que uma imprecação maldosa de qualquer pessoa contra outra
se autoconcretizava. Balaque pensava assim. Em parte, a doutrina
"prosperista" da maldição segue o velho paganismo.
3.1
- MALDIÇÃO do MAU OLHADO e da PRAGA.
VEJA A SEMELHANÇA COM O PAGANISMO NESTA ADORAÇÃO COM FOGO
VEJA A SEMELHANÇA COM O PAGANISMO NESTA ADORAÇÃO COM FOGO
3.1.a
- Mau olhado. O nosso rurícola conhece os "maus olhados", capazes de
adoecer animais novos, e até matá-los;
murchar plantas e impedir o "ponto" de doces, rapaduras e sabão
caseiro; atrapalhar fermentação de bolos, pães e bebidas. Sabe-se hoje que há
certas pessoas dotadas de força fluídica psicomagnética ou biomagnética. Tal
energia pneumofísica tem recebido o nome de "telergia": capacidade de
agir positiva ou negativamente sobre seres inferiores e sobre pessoas
extremamente sensíveis ou debilitadas física e psicologicamente. O domínio que
certas pessoas têm e a influência que exercem sobre animais recém-nascidos e
plantas tenras são inegáveis. Tais pessoas, embora seus dotes sejam naturais, são "temidas" nos meios rurais como
"invejosas",
"praguejadoras", "malfeitoras". O "mau
olhado" não se transmite por alocução ou verbalização imprecatória, mas,
certamente, por irradiação cerebral. Na terra de minha infância, Córrego Rico,
Muniz Freire, ES, havia uma cega de cor negra que, se estivesse por perto, o
"sabão de decoada" não dava ponto, isto é, não endurecia. Logo, pelo
menos nesse caso, o poder não estava nos olhos, mas na mente ou no
subconsciente.
3.1.b
- Praga. A cultura popular, especialmente a sertaneja, tem mantido a tradição
das "pragas" imprecatórias, especialmente as de mãe. Criança, viajava
a pé e descalço com minha mãe adotiva, dona Antônia, na antiga estrada de chão,
que ligava "Mata-pau"( hoje Piaçu) à Fazenda Guarani, Muniz Freire,
Es, quando nos encontramos com um andarilho sisudo, andrajoso, incomunicável.
Demos-lhe "Bom dia". Ele nada respondeu, nem sequer olhou para nós,
como se de fato não existíssemos. Perguntei à minha mãe: Por que ele está
assim? Ela me respondeu: Ele é um
"praguejado", meu filho. O que é praguejado? indaguei. -É alguém que carrega uma praga. – Mas o que
é praga? Praga é quando uma pessoa
"roga um mal" contra outra. –E o que é rogar praga? -Rogar praga é pedir uma coisa
ruim para os outros. – E a gente pede a quem a tal coisa ruim? – Ao Diabo ou
aos espíritos do mal.– E praga tem cura? – Se não for praga de mãe, tem. Se for
de mãe, ele morrerá com ela. A gente tem de evitar praga de mãe; é
horrível! E minha mãe concluiu: Praga de
filho não pega em mãe, mas praga de mãe pega em filho.
O
trabalhador rural, místico por natureza, acredita na "maldição das
pragas", isto é, no poder que as imprecações maléficas tem sobre o
praguejado ou amaldicioado. E muitos recorriam, e ainda recorrem , aos padres,
aos médiuns, e agora também aos pastores para "quebra" das maldições
das pragas "pronunciadas" pelos praguejadores e pelas "mães
ofendidas" contra filhos desobedientes. Ao longo da viagem, minha mãe me
contou que um filho perverso bateu em sua mãe, já doente e velha. Ela então lhe
rogou a seguinte praga: Esta mão que me bateu não baterá mais em ninguém. Na
mesma hora, apareceu uma feridinha na ponta do seu dedo mínimo, crescendo
rapidamente. Uma semana depois, seu braço estava todo podre, caindo aos
pedaços. Ele voltou e pediu perdão à sua mãe. Ela então lhe respondeu: como
você não pode retirar as varadas que me deu, eu também não posso retirar a
praga que lhe roguei. E ele perdeu o braço. Esta estória ou lenda marcou-me tão
profundamente, que jamais dela me esqueci. Somente deixei de acreditar em
pragas quando a bênção da redenção me foi outorgada por Cristo Jesus.
A
maldição, reavivada nos cultos
neopentecostais, é o ressurgimento ou reavivamento, em versão evangélica, de
certa maneira, do "praguejismo" popular.
3.1.c
- Mais vale a sugestão que a praga em si.
Oscar
Quevedo conta que uma mulher foi curada completamente por um mago do mal de
oftalmia grave por meio de um "talismã" que ela passou a carregar.
Confessando o pecado de recorrência à magia a um padre, seu confessor, este lhe
pediu o amuleto. Abriu-o. Era um
pergaminho, no qual estava escrito em latim: " Eruat diabolus oculos tuos
et repleat stercoribus loca vacantia". A mulher ficou estarrecida, ao
ouvir a tradução: "Que o Diabo te arranque os olhos, e encha com
excremento os lugares vazios"(3). A
praga ou imprecação em si, que era
horrível, não atuou negativamente na mulher, posto que desconhecida por ela.
Aqui, a sugestão "funcionou". A maldição, não. Embora o
"prosperismo" afirme haver maldição oculta, desconhecida pelo
"maldito", no caso citado, pelo menos, o "oculto" não teve
eficácia exatamente por ser "desconhecido". Por outro lado, a chamada
"quebra de maldição" tem de ser verbalizada em voz alta, gritada
mesmo, para exercer eficácia; o que prova o sugestionismo implicado. A
"sugestão" pode "promover" a bênção ou "fabricar"
a maldição, pode curar ou matar.
Um
consciente bloqueado com um subconsciente estimulado ou sugestionado pode,
quando muito pressionado, "criar" o "problema" a ser
"resolvido". Sugerindo, sob tensão emocional, especialmente de
caráter religioso, que o mal de determinada pessoa é uma "maldição"
arraigada em seu ser, que precisa ser "descoberta" para que se lhe
efetive a quebra, o subconsciente, depois de insistentemente instado, poderá
"tentar" solucionar o caso, "gerando" psiquicamente o fato
amaldiçoante, uma suposta imprecação paterna ou de seus ancestrais. Então, vem
o "comando de quebra", e a "paz" volta a reinar tanto
quanto a "consciência" de "limpeza". O jogo psíquico, em
virtude da complexidade do ser humano é muito perigoso, podendo gerar e
transmitir falsos conceitos de "purificação" espiritual.
3.2-
MALDIÇÃO E DEMONIZAÇÃO.
No
arminianismo antigo o homem era inteiramente responsável pela sua perdição e,
portanto, autor e agente livre e consciente de todos os seus pecados: conceito
que menosprezava o pecado original; sendo, deste modo, o ser humano visto como
demônio de si mesmo e da sociedade. Quanto à salvação, estabelecia-se a
corresponsabilidade: Deus oferecia a graça remidora em Cristo e o homem ficaria
com a opção de aceitar ou rejeitar. E, mesmo depois de salvo, poderia
desfazer-se do compromisso da aceitação, optando pela perdição. Em última
análise, era o homem que decidia sobre o seu final destino eterno.
No
neopentecostalismo, o de "terceira onda", a soberania de Deus é
esquecida e o Diabo passou a ser o "autor" de todos os pecados atuais
e de todos os males: os físicos, os morais, os sociais e os espirituais.
Isenta-se, portanto, o homem de culpa, pois tudo se atribui ao maligno:
doenças, prostituições, crimes, falências, misérias morais, incredulidades. O
príncipe dos demônios, segundo os "prosperistas" e os "positivistas
confessionais", dividiu a missão
tentadora em tarefas específicas e qualificadas e as distribuiu aos seus
comandados, malignos subalternos. Assim, por exemplo, o "demônio" do
adultério é um, o da AIDs, outro. Cada mal, físico ou moral, possui o seu "capeta". Expulsando-o,
elimina-se a fonte e, consequentemente, liquida os seus efeitos. O Bispo Edir
Macedo nos deixa a seguinte "pérola" doutrinária sobre a demonização
das doenças: "Toda doença tem uma causa, e essa causa é sempre um bacilo,
um germe ou uma bactéria que provoca a destruição dos tecidos. Esse bacilo ou
germe se movimenta, age, tem vida. Perguntamos: de onde vem a vida desse germe?
De Deus não pode Ter sido, pois Ele não é destruidor. Para que esse germe se
movimente e destrua é necessário que haja uma força dentro dele; um espírito
destruidor, e não podemos identificá-lo com nenhuma outra coisa senão com um
demônio"(4). O mundo de Macedo tem dupla criação: uma de Deus, outra de
Satã. Para ele, a força destruidora que age dentro do micróbio é o demônio. O
dualismo, do tipo Persa, é fortíssimo no neopentecostalismo, com predominância
do satanismo.
O
"ekbalismo" (prática de expulsão de demônios) substituiu o papel do
perdão, pois culpa pecaminosa pessoal não existe; o que há é
"possessão" demoníaca. Deus é "usado", não como soberano
Redentor, perdoador de pecados, mas como "poder" expulsador do Diabo.
Os exorcistas estão na moda, pois os
demônios são causadores de tudo, inclusive da perdição eterna dos que morrem
com o "Diabo no corpo", sem gozarem a "felicidade" do
exorcismo carismático.
A
maldição, sendo um instrumento do Diabo, "quebrá-la" significa
expulsá-lo, "libertando" o "maldito" ou oprimido. E tanto a
divindade prosperista como a da malignidade devem ser surdas, pois a prece
silenciosa não tem eficácia exorcista, não é "ouvida" e
"atendida". Somente a oração altamente vocalizada, aos gritos, é
atendida; e então o Divino executa a
ordenação "ekbalística" do exorcista. Por outro lado, o
"espírito maligno" não "se deixa exorcizar" por uma ordem
silenciosa, dada em espírito: atende-a, se pronunciada aos berros.
Pecado,
causa; amaldiçoador, agente; Diabo, instrumento da maldição.
Para
o gedozismo, toda maldição tem como causa um pecado implícito ou explícito. O
Diabo é o causador direto ou instrumento de qualquer pecado. Há, porém,
maldições imprecatórias, veiculadas por amaldiçoadores que, por via autoritativa, dão permissão ao
Diabo para usá-las em malefício do "maldito". Ao imprecar-se a si
mesmo, o imprecador autoriza o demônio a danificar-lhe a vida. Se todos são
pecadores, todos são "malditos". Então, não há ninguém que não
necessite de uma "sessão de quebra de maldições" , especialmente se
for a do "Encontro gedozista", eficientíssima. Cada pecado "abre
uma porta de legalidade a Satanás".
Eis o que a respeito diz o G12: "Cada nível de pecado libera uma
quantidade de demônios; cada pecado atrai uma maldição".
"Maldição
é a permissão dada ao Diabo para causar dano à vida das pessoas. Essa permissão
pode ser dada por alguém que exerce autoridade sobre outrem ou por si
mesma"(5).
"Quando
peco, abro uma porta de legalidade para Satanás entrar em minha vida. Satanás
entra com seu propósito: matar, roubar e Destruir". "Qualquer pecado
não coberto pelo sangue de Jesus é propriedade de Satanás"(6).
A
"soberania do supercrente" fica estabelecida: não é Deus quem permite
a Satanás a causa de dano, mas um ser humano que "exerça autoridade sobre
outrem". Por outro lado, o perdão divino não tem poder para
"quebrar" maldição; têm-no os carismáticos neopentecostais da
"terceira onda".
As
maldições, como se explicitam no ensino do G12, podem ser de duas naturezas:
a
- As causadas pelos pecados, que "legalizam" a intervenção do Diabo,
abre portas à sua penetração e fixação.
b
- As impostas por praguejamento ou imprecação de uma "autoridade"
sobre os seus inferiores ou subordinados. Aqui ficam contempladas as
"pragas de mãe". Como se vê, a importância que se dá ao Diabo é
enorme, transfomando-o num antideus mais poderoso que o Criador do universo e
de todos os seres, Gerenciador da obra criada, Preservador de todas as coisas e
Redentor dos eleitos. O "crente" prosperista, por outro lado,
torna-se uma super potência espiritual, capaz de "perdoar pecados",
isto é, "quebrar maldições", o que o Salvador não pode fazer. O
gedozista, como os demais carismáticos neopentecostais, apresenta-se como
poderoso "comandante" das ações divinas e controlador de Satanás. Por
meio do que chamam de ministérios- o da "oração positiva e
impositiva" e o da "rogação exorcista"- o gedozista é exaltado à
posição de "supercrente", dominador dos poderes espirituais tanto do
bem como do mal.
3.3
- MALDIÇÃO: Classificação.
3.3.a
- Maldições sociais.
Maldições
sociais seriam aquelas pronunciadas por pais, irmãos, parentes vivos e
estranhos, ocorridas no curso da existência. Qualquer rogação maldita de
natureza imprecatória é uma maldição. Por exemplo, quando a mãe diz do filho:
"Este menino é encapetado". O Diabo, que sempre toma a sério todas as
nossas palavras, fixa a maldição no interior da criança e ela passa a ser, ao
longo de toda vida, verdadeiramente "encapetada". Se ela chinga o
filho: "Vá para o Diabo que te carregue"; ele, imediatamente, aplica-lhe
a maldição, e o "amaldiçoado" ou "praquejado" fica
pertencendo ao maligno, entregue por sua própria mãe. Tal cristianismo
"demonista" impera nos arraiais carismáticos e, especialmente, no do
G12 de Castellanos.
3.3.b
- Maldições pessoais.
Estas
são auto-imprecações. Quando uma pessoa diz de si mesma ou a seu respeito: Sou
um desgraçado; sou um perdido; estou hoje com o diabo no corpo ou coisas
semelhantes; Satanás atende-o, gerando nele a maldição permanente, dominando-o
completamente. Se essas "maldições" não forem "quebradas",
a pessoa está infelicitada para o resto da existência terrena e , com certeza,
perderá a vida eterna. Salvar, pois, no entendimento dos neopentecostais, é
"quebrar maldições. O salvador, portanto, não é o Filho de Deus, mas o
"quebrador de maldições". Ele é o "Cristo" neopentecostal.
3.3.c
- Maldições hereditárias.
São
maldições vocalizadas pelos ancestrais que, não sendo "quebradas",
passam de pais a filhos, mantendo conseqüências danosas de geração em geração,
até a Quarta(7), quando cessam, dizem, conforme o segundo mandamento. Isso me
cheira espiritismo, que defende a tese antibíblica das reencarnações: os males
da existência presente vêm de vidas anteriores; e os sofrimentos atuais são "pagamentos"
de dívidas passadas. Tem o filho de sofrer maldição de seus antepassados?
Citam, como suposta base bíblica, (Ex 20. 4-6). Esse preceito legal fala de
pecado, de desobediência, não de maldição pesssoal, social ou hereditária. A
"maldade" da quebra dos mandamentos, especialmente o da exclusividade
do culto a Deus, traz malefícios para a família inteira, mas não exclui o
descendente do malfeitor da graça divina expressa na eleição, que é dom
pessoal. O mal hereditário não obstacula a graça divina sobre o seu escolhido.
Por outro lado, a misericórdia concedida aos fiéis, a ele e às suas gerações,
não se refere à redenção pessoal, mas às bênçãos familiares e nacionais. Fazer
a Palavra de Deus defender conceitos preconcebidos é arte demoníaca.
Por
que o Segundo Mandamento e o Quinto possuem promessas? –Exatamente porque se
vinculam à honra e à obediência: obediência e honra a Deus e aos pais. A
unidade em Deus e a unidade familiar são as bases da preservação espiritual e
social e, portanto, da recepção das bênçãos terrenas. O pecado, porém, é de
natureza pessoal; e seu perdão, não "limpeza", procede da
misericórdia divina.
Gostam
os "gedozistas" de citar Ezequiel 18. Exatamente este capítulo
condena a tal "maldição".
Citemo-lo, no texto correspondente: "Que tendes vós, vós que, acerca da
terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: "Os pais comeram uvas
verdes, e os dentes do filho é que se embotaram? Tão certo como eu vivo, diz o
Senhor Deus, jamais direis este provérbio em Israel"( Ez 18.2,3)-(grifo
nosso). "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade
do pai, nem o pai, a iniquidade do filho"( Ex 18.20). O pecado é
inteiramente pessoal: "A alma que pecar, essa morrerá"; ela não
morrerá pelos pecados de seus ancestrais, vivos ou mortos, mas pelos seus
próprios. E o que efetivamente "quebra" a maldição" do pecado é
o arrependimento do pecador e o conseqüente perdão de Deus. Cristo, na verdade,
não se encarnou para "quebrar maldições", mas para remir os pecadores
mediante morte expiatória, cujos benefícios soteriológicos nos são aplicados
pelo Espírito Santo. Ele, sim, foi o "maldito" da Cruz, para que seus
eleitos fossem os "benditos" da graça.
04
- REGENERAÇÃO INEFICAZ.
O G12 desconsidera a regeneração, ato da
soberana ação de Deus no convertido, pelo qual se torna nova criatura, em que o
"homem velho", não somente fica inativo, mas completamente morto:
"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas
passaram; eis que tudo se fizeram novas"( II Co 5. 17 cf Rm 6.3-10).
"Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o
corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao pecado como
escravos"( Rm 6. 6). Comentando II Co 5. 17, a Bíblia de Genebra diz:
"A união com Cristo resume a nossa experiência de redenção. Os crentes
foram feitos( Ef 1. 4,11), justificados( Rm 8.1), santificados( I Co 1.2) e
glorificados( I Co 3. 3. 18) "em Cristo". Aqui Paulo enfoca a
importante significação da união do crente com o Salvador. Visto que Cristo é o
"último Adão", aquele em quem a humanidade é recriada( I Co 15.45; Gl
6. 16; Ef 2.10), e que inaugurou a nova era de bênçãos messiânicas( Gl 1.4 cf
Mt 11. 2.6). A união espiritual dos
crentes com Cristo não é menor do que a participação na "nova
criação"(8) . Contradizendo o
claríssimo ensino bíblico e em oposição à fé reformada, o G12, seguindo o
carismatismo neopentecostal da terceira onda, ensina que o crente precisa
"desenterrar", regressivamente, do momento atual até o começo da
racionalidade, todos os pecados, registrá-los numa folha de papel e, em nome de
Cristo, sob a direção e "autoridade" do líder "espiritual"
do G12, "queimá-los", ficando assim "quebradas" as
"maldições" correspondentes. Negam, deste modo, a realidade do novo
nascimento e o conseqüente início de uma nova vida eternamente garantida por
seu autor, nosso Senhor Jesus Cristo. E os que ensinam tamanha heresia
denominam-se "evangélicos", dizem firmar-se nas Escrituras, recebem
credibilidade cristã de muitos presbiterianos, fazem proselitismo nos arraiais
reformados.
05
- REGRESSÃO.
A
regressão, embora mantenha conexão com o processo de "quebra de
maldição", dele se difere em natureza e extensão:
O
"quebrador" de maldição funciona como "advinho", pois tem
de penetrar além da vida temporal do "fiel maldito" para descobrir
"as legalidades" concedidas a Satanás por seus ancestrais, que lhe
permitiram fixar as maldições, não só em
um, mas em todos os descendentes. Uma maldição não "quebrada" do
bisavô, afeta os seus filhos, netos, bisnetos e tetranetos,
"contaminando" centenas de
pessoas. Pergunta-se: quebrada no tetraneto, fica quebrada regressivamente até
o bisavô? Se não, a tal "maldição hereditária" permanece viva e
atuante em todos os demais descedentes do maldito original. Durma-se com um
barulho desses.
O
"Regressista" age como psicólogo, embora para isso, geralmente
inabilitado. Sua atuação vai somente até à concepção, e visa desenterrar os
traumas, os recalques, os complexos diversos. O processo catártico é denominado
de "cura interior", e consiste na mentalização de fases evolutivas e
estimulação da lembrança de fatos passados. É mandado ao "paciente"
"mentalizar" o momento da concepção, o desenvolvimento embrionário, o
crescimento do feto, o primeiro choro, os primeiros movimentos na fase
intra-uterina, o rompimento da bolsa, o nascimento( natural ou por cesariana),
a primeira mamada, toda a primeira infância, a segunda infância, a
adolescência, a juventude, e assim, sucessivamente, até o momento atual. Todas
as fases, examinadas detalhadamente, esforçando-se para "descobrir"
os fatos traumatizantes, deprimentes, geradores de fobias e complexos.
Desenterrados os "depósitos" amaldiçoadores, o regressista, pela
quebra, liberta-se deles. No curso da regressão, ao passar por lembranças
mórbidas, onde o maligno localizou e mantém maldição, a reação do
"regressando" é característicamente denunciante. Aí se faz necessária
a presença e o "ministério" do "quebrador" de maldição. Tudo
isso se faz ao som de música instrumental suave, com fundo de vozes da
natureza, luzes apagadas, pessoas isoladas. O ambiente é psicologicamente
propício.
Terminada
a sessão regressiva, cada "regressado" deve escolher um parceiro ao
qual confesse tudo que "acabou de arrancar de dentro de si". Ouvida a
confissão, o "confessor" ora pelo confessante, declarando-o
"curado", isto é, "limpo" das maldições confessadas. Nesse
momento, o "preletor" ou "ministro" unge com óleo os
"curados", num ambiente profundamente emotivo. Ao impor as mãos da
unção, o "ungido cai", fenômeno que se repete com todos, ou quase
todos, os "encontrantes"(9).
06
- BATIZANDO COM O ESPÍRITO SANTO.
O
G12, durante o "Encontro",
reserva um momento para:
a
- Demonstrar a necessidade de receber-se o Espírito, pois não basta ter Cristo.
O crente completo é o que tem Cristo e o Espírito.
b
- Mostrar as condições do crente para "merecer" e então
"receber" o Espírito, pois o Paráclito desce e unge sob condições
beatíficas definidas.
c
- Demonstração de metodologia prática e objetiva de recepção do Espírito. Nesse
ponto, o "missionário", chamado de "preletor", passa da instrução
à ação: coloca a mão espalmada na testa do "fiel" e o empurra para
trás; é a sessão do "cai - cai" ou do " tombo batizante".
Tal manipulação do Espírito demonstra algumas coisas:
01-
A Terceira Pessoa da Trindade é tratada sem qualquer conexão com o Pai e o
Filho: tricotomização da divindade trina.
02-
O Espírito Santo é manobrado como se não fosse Deus, despido de soberania e de
vontade própria.
03-
O Espírito é "oferecido" pelo líder carismático aos que o G12
"limpou" por "quebra de maldições" e por
"limpeza" regressiva.
04-
Deus não dá o Espírito Santo aos seus eleitos regenerados pela graça, mas aos
que o G12 "prepara", aos que "merecem" recebê-lo.
07
- UNÇÃO COM ÓLEO.
O
ato de ungir com óleo aromatizado tinha, nos tempos veto e neotestamentários,
várias aplicações, em diversos motivos: higiene, embelezamento, refrigério,
luto e alegria. Deter-nos-emos, entretanto, nos dois motivos principais: medicinal e religioso.
1
- Medicinal: O óleo medicinal e sua aplicação diferiam, e muito, de outras
unções, tanto nos ingredientes adicionados quanto na forma de aplicação. Essa
diferença fica evidenciada na língua grega, específica em suas conotações. O
verbo ungir, quando se tratava de procedimento medicinal, era,
sistematicamente, "àleiphô". Assim ele aparece, por exemplo, em Tg 5.
14 e Mc 6. 13. Numa época de exclusiva medicação natural, a unção terapêutica
com óleos especiais era amplamente utilizada.
Os ungidores modernos, freqüentemente, confundem unção terapêutica com a religiosa.
2
- Religiosa: A unção religiosa servia para simbolizar a dádiva do Espírito de
Deus aos homens separados para funções sagradas do sacerdócio e do governo: os
ungidos do Senhor. Os múnus de sacerdote e
rei eram concedidos por Deus mediante o seu Espírito; e o sinal externo
se fazia pela unção com óleo especialíssimo e privativo. Esse óleo servia
também para ungir todos os objetos e utensílios destinados ao culto, isto é,
separados do uso comum para o sagrado. A composição e aplicabilidade do óleo sagrado
foram estabelecidos por Deus( Ex 30. 23- 31. Não se podia ungir com o referido
óleo nenhuma pessoa que não fosse sacerdote ou exercesse função de natureza
sacerdotal como o rei, por exemplo. Ressaltemos a proibição de modificar-se a
sua composição e de aplicá-lo fora do determinado por Deus: "Não se ungirá
com ele o corpo do homem que não seja sacerdote, nem fareis outro semelhante,
da mesma composição; é santo, e será santo para vós. Qualquer que compuser óleo
igual a este, ou dele puser sobre um estranho, será eliminado do seu
povo"( Ex 30. 32, 33). Quem aplica um óleo qualquer ou se atreve
desobedecer o Senhor, fabricando o óleo da unção para unir pessoas comuns,
exclui-se do obediente e legítimo povo
de Deus, conforme ordenação Ex 30. 33).
O
verbo usado no grego para a unção sagrada é "kriô"(10), de onde se
derivam "crisma" e "Cristo", o Ungido. Não se deve misturar
"unção medicinal" com "unção sacerdotal".
3
- Ineficiência mística: O óleo
neopentecostal, geralmente "orado", serve, segundo crêem, para
"ungir com a graça do Espírito", isto é, o elemento oleoso possui, em
si mesmo, poder espiritual de "doação de bênção", o que é atribuir ao
material inerte múnus espiritual, inclusive com poder de cura divina. O
animismo dos fluidos benéficos dos elementos da natureza, comum nas religiões
pagãs, invadiu os arraiais carismáticos, especialmente o G12. Um reformado, por
menos doutrinado que seja, não pode aceitar tamanha iconolatria.
4
- Cessação: Não houve mais unção sacerdotal no Novo Testamento, pois o que era
tipo cedeu lugar ao tipificado, isto é, o próprio Espírito Santo, simbolizado
no derramamento de óleo, foi derramado sobre o colégio apostólico( Jo 21. 22) e
sobre a Igreja (At 2. 2-4), descendo,
inclusive, sobre o Filho de Deus que, a partir do batismo, passou a ser o
Messias(Ungido)( Mt 3. 16, 17). Conclusão: Nem Jesus Cristo nem qualquer de
seus apóstolos receberam a "unção com óleo". Portanto, a unção
sacerdotal, aquela que simbolizava a dádiva do Espírito, não ocorreu na nova
dispensação.
5
- Medicinalmente desnecessário: Hoje, com os extraordinários recursos
farmacológicos, terapêuticos e cirúrgicos que Deus nos deu, não precisamos, a
não ser em casos especialíssimos, da terapia do óleo medicinal. Podemos e
devemos orar pelos nossos enfermos, mas não medicá-los, pois esse ministério o
Criador o transferiu aos médicos, pelos quais realiza as curas, segundo os seus
propósitos. Por exemplo: ungir uma pessoa com início de meningite, sem procurar
o imediato socorro médico, é submetê-la ao risco de vida ou, no mínimo, de
conseqüências irreversíveis. A crença não elimina a razão e a sensatez; pelo
contrário, o verdadeiro crente sabe que todos os recursos medicinais
disponíveis são dádivas da providência divina.
Unção
Sacramental: A Igreja Católica
também "reza seus óleos" para
efeitos sacramentais e aplica os "óleos rezados"(santos óleos) nos
sacramentos do Batismo, da Crisma, da Consagração ou Ordem e da Extrema Unção. Eis como o romanismo define a unção: "No
simbolismo bíblico e antigo, é rico de numerosos significados: o óleo é sinal
de abundância e de alegria, ele purifica(unção antes e depois do banho) e
amacia( unção dos atletas e dos lutadores); é sinal de cura, pois ameniza as
contusões e as feridas, e faz irradiar beleza, saúde e força. Todos estes
significados da unção com óleo voltam a encontrar-se na vida sacramental. A
unção, antes do batismo, com óleo dos catecúmenos, significa purificação e
fortalecimento; a unção dos enfermos exprime a cura e o reconforto. A unção com
o santo crisma depois do batismo, na confirmação e na ordenação, é sinal de uma
consagração. Pela confirmação os cristãos , isto é, os que são ungidos,
participam mais intensamente da missão de Jesus e da plenitude do Espírito
Santo, de que Jesus é cumulado, a fim de que toda a vida deles exale "o
bom odor de Cristo"(11).
"A
unção com o santo crisma, óleo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom
do Espírito Santo ao novo batizado. Este tornou-se um cristão, isto é,
"ungido" do Espírito Santo, incorporado ao Cristo, que é ungido
sacerdote, profeta e rei"(10).
Sobre
o múnus sacramental da unção dos
enfermos, assim se pronuncia o romanismo: "A graça especial do sacramento
dos enfermos tem como efeitos: - a união do doente com a paixão de Cristo, para
seu bem e o bem de toda a Igreja; – o reconforto, a paz e a coragem para
suportar cristãmente os sofrimentos da doença ou da velhice; -o perdão dos pecados, se o doente não puder
obtê-lo pelo sacramento da penitência; - restabelecimento da saúde, se isso
convier à salvação espiritual; - a preparação para a passagem à vida
eterna"(12).
O
neopentecostalismo segue de perto a doutrina romana da unção, tanto na extensão
como na aplicação generalizada. Não há
um católico sem unção com óleo, como igualmente não há "gedozista".
A
Igreja Reformada rejeita a "unção sacramental" do catolicismo, por
ser uma volta ao sacerdotalismo;
dispensa a "unção espiritual" do "gedozismo", por
representar retorno ao judaismo; não aplica a "unção medicinal" ou
curativa do neopentecostalismo, porque Deus estabeleceu-nos novos e mais
eficientes métodos de cura física. Além do mais, tais unções carecem de
indisputável consistência bíblica. Acrescenta-se à fragilidade do apoio
escriturístico o fato constatável, mormente nas camadas populares, da
transformação do óleo em talismã sagrado, poderoso em si mesmo, e em ícone
"espiritualmente divinizado", potencializado para diversos
"mistérios": cura, proteção do mal, veículo de bênção, mediação da
graça, batismo com o Espírito Santo. Não acreditamos em poderes mágicos das
coisas nem em palavras impregnadoras de potencialidades espirituais nos
objetos. A nossa única regra de fé é a Escritura Sagrada.
08
- O DEUS DO GEDOZISMO: LIMITADO E FALHO.
PAI DE ANA PAULA E ANDRÉ VALADÃO PR. MÁRCIO VALADÃO (BATISTA LAGOINHA/BH) MANDA RECADINHO & BEIJOS PARA O SEU PATRIARCA RENÉ TERRA NOVA, AFF! QUE SENSIBILIDADE IRMÃO!
PAI DE ANA PAULA E ANDRÉ VALADÃO PR. MÁRCIO VALADÃO (BATISTA LAGOINHA/BH) MANDA RECADINHO & BEIJOS PARA O SEU PATRIARCA RENÉ TERRA NOVA, AFF! QUE SENSIBILIDADE IRMÃO!
09
- EPISCOPALISMO RADICAL.
O
Gedozismo de Castellanos, como o de Escrivá, firma-se num episcopalismo
radical. O do padre, com certa lógica, pois tem de defender a doutrina da
sucessão apostólica, dos sacerdotes como representantes de Cristo na terra. O
do pastor neopentecostal representa uma criação sob alegação de ter sido
revelada diretamente. Pelo centralismo episcopal, o pastor
"gedozista" é a causa e os efeitos da "Igreja em Células".
Observem as declarações seguintes do senhor Castellanos no seu livro,
"Sonha e Ganharás o Mundo". "A época das assembléias e dos
comitês de anciãos para dar passos importantes da Igreja, já passou na
história: Estou convencido de que Deus dá a visão ao pastor e nessa medida é a
ele que o Espírito Santo fala, indicando-lhe até onde deve mover-se"(13).
Valnice Milhomens, dona de um "ministério", endossa: "Quem deve
montar o esquema dos doze é o pastor principal"(14).
10
- TEOLOGIA DA CONFISSÃO POSITIVA.
Os
professantes da confissão positiva sustentam
tese de que as palavras possuem poder criador. Por elas podemos criar
fatos reais tanto na esfera física como nas áreas psicológica e espiritual.
Tais fatos podem ser benéficos ou maléficos. Em decorrência da força criadora e
irreversível da palavra, temos de tomar cuidado nos pronunciamentos, tanto em
relação a nós mesmos como em relação aos outros. Quando "declaramos"
vitória, saúde e prosperidade, certamente o "declarado" acontecerá.
Por outro lado, se declararmos a doença, a derrota e a pobreza, estas coisas
ocorrerão. A nossa confissão, portanto, deve ser sempre "positiva";
as nossas orações, além de positivas, precisam ser autoritativas e
impositivas(15). O G12 herdou a heresia da "confissão positiva" de
Essek Kenyon, Kenneth Haggin, Kenneth Copeland, Bnny Hinn, Peter Wagner e
outros. Aqui no Brasil, encontrou em Valnice Milhomens sua defensora e braço
direito.
A
confissão positiva produziu as "declarações positivas". O que o
crente "declara", isso acontecerá. É comum ouvir-se, até de
presbiterianos: "Declare as bênçãos"; "declare alguém ou algum
lugar para Jesus". Ouvi, há tempo, uma irmã, muito "espiritual",
dizendo: "Hoje, na Reunião de Oração, vamos declarar uma bênção sobre a
nossa Igreja". Dizem, por exemplo: se você declarar seu filho para Jesus,
ele, naquele momento, passa a ser realmente de Jesus. É a redenção por
declaração mediante a "palavra positiva". O esquema da oração
positiva é:
Eu
creio que Deus pode fazer.
Eu
creio que ele faz.
Eu
creio que vai fazer.
Eu
creio que ele já fez.
Eu agradeço o que ele fez.
Já
estou de posse da bênção requerida.
Os
"gedozistas" positivos entendem que: assim como a palavra pode
"amaldiçoar", tem igualmente poder para "abençoar". Então,
evite "declarar maldição"; seja, porém, presto a "declarar bênçãos", elas virão
abundantemente. Palavra de neopentescotal, mormente a do gedozista, é
espiritualmente autoritativa e divinamente poderosa. O crente "prosperista
positivo", declarador de bênçãos, é um semideus.
11
- DIREITO, NÃO GRAÇA.
A
"confissão positiva" firma-se na herética doutrina dos "direitos
humanos adquiridos". Então, para os gedozistas e similares, a salvação e
todas as bênçãos, materiais e espirituais, pertencem a nós por direito eterno
de filiação. Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo. Nada de pedir
favor a nosso Pai; temos o dever de reivindicar nossos direitos. As Escrituras
não são, sustentam, a revelação da graciosa vontade de Deus para com os homens,
mas documentos jurídicos de seus direitos. Deus rege a vida humana por meio de
leis espirituais que devem ser compreendidas para serem requeridas. A fé é o
instrumento de controle das referidas leis, que estão à disposição do homem
para serem usadas. Nada o ser humano recebe por favor divino, mas por direitos
legais. Kenneth Copeland em "Laws of Prosperity, 1985, páginas 18/20 diz:
"Precisamos compreender que há leis que regem cada coisa que existe. Nada
se dá por acidente. Há leis do mundo espiritual e leis do mundo natural...
Precisamos compreender que o mundo espiritual com suas leis são mais poderosos
do que o mundo físico com suas leis. Leis espirituais geram leis físicas. O
mundo e as forças físicas que o regem foram criados pelo poder da fé- uma força
espiritual... é esta força da fé que ativa as leis do mundo espiritual... A
mesma regra aplica-se à prosperidade da Palavra de Deus. A fé faz com que elas
atuem"(16). Ressaltemos do texto as
seguintes heresias: a- "Leis espirituais geram leis físicas". Isto
quer dizer que as leis do mundo físico não foram criadas por Deus nem são por
ele gerenciadas, mas mediante poder impessoal chamado "lei espiritualm
?". b- " O mundo e as forças físicas que o
regem foram criados pelo poder da fé, uma força espiritual...É esta força da fé
que ativa as leis do mundo espiritual". Então a criação não veio pelo
poder da Palavra de Deus, mas da fé? Fé do Criador? Deus tem fé em quê e em
quem? Que tipo de fé "ativa" as leis espirituais? A quem compete o "direito" de
ativação da leis espirituais pelo poder da fé? Ao homem? c- O Legislador
supremo, pelo que se deduz do ensino prosperista, também se submete às leis por
ele criadas, tornando-se submisso a si mesmo e limitado por legislação externa
preestabelecida? Nada mais confuso e mais absurdo que isso; e há quem crê em
semelhantes incongruências e em tais negações da absoluta soberania do Criador,
Redentor, Governador e Preservador de tudo, especialmente dos seres humanos.
O
carismatismo gedozista sustenta, em princípio, que: todo homem tem direito à
salvação, à saúde, à prosperidade e à felicidade; é só usar o recurso da fé,
e tudo o que lhe pertence ser-lhe-á
entregue. Tal posição prosperista
resume-se na frase, muitíssimo repetida hoje: TOMA POSSE DA BÊNÇÃO,
ouvida, inclusive, por ministros presbiterianos.
O
conceito do "direito legal" sobre quaisquer bênçãos espirituais leva
à oração impositiva, reivindicativa: "Eu quero"; "Eu
ordeno"; "Eu exijo".
12
- CULTO HILÁRICO E LÚDICO.
HISTERIA EM UMA REUNIÃO PROFÉTICA ELES ENTOAM JARGÕES POPULARES
O
"espaço para adoração" do "Encontro Tremendo" é
"alegria só": Coreografias, danças, gritos, palmas, glórias, vivas a
Jesus, trenzinho. É o momento de maior descontração, comparativamente, em
contraste com as tensões psíquicas e o condensamento( proposital) de
atividades. Dizem que tal "orgia litúrgica" é carregada de
espiritualidade e "gozo
celeste" . O culto festivo, no entanto, não fornece clima nem para o
glossolalia nem para o batismo com o Espírito. Tais "dons" acontecem
sob maior concentração emocional, durante as orações programadas, mas
indivudualmente livres.
Por
tudo que se disse, um presbiteriano que freqüentar o G12 necessita de
aconselhamento pastoral. Persistindo, deve ser convidado a desligar-se da
Igreja.
REFERÊNCIAS:
(1)- Conforme o Livro de Anselmo Chaves: "Os
Cursilhistas", de onde extraímos os artigos de "Caminho" de
Escrivá.
(2)- Estou seguindo os comentários de Roberto
César Alves do Nascimento, irmão que participou do G12 e sobre ele escreveu e
fez publicar na Internet uip://orbita.starmedia.com~dinamus/estudosrc/o
encontr.ntiii.
(3)- Quevedo- Oscar- "Curandeirismo: um Mal
ou um Bem?". Ed. Loyola, SP, 1ª Ed. "Praga Benfazeja", pág.
41/42.
(4)- Macedo, Edir, Orixas, Caboclos e Guias-
Deuses ou Demônios. Col. Reino de Deus, 1983, 5ª Ed. Universal Produções, pág.
87.
(5)- G12- História
e Avaliação, página 60, SPBC, 1ª Ed, abril de 2000, Goiás, GO.
(6)- Idem, página 59.
(7)- Ver G12- História & Avaliação, página 59,
citada.
(8)- Bíblia de Estudo de Genebra, Ed. .Revista e
Atualizada; Soc. Bb. Do Brasil, Barueri, SP.
(9)- Roberto César, Doc. Internet, pág. 2.
(10)-
Sobre os verbos "àleiphô" e "kriô), ver Dic. Intern. De
Teol. Do N. Test., Ed. Nova Vida, SP, 1983, páginas 675 a 679.
(11)- Catecismo da Igreja Católica, 7ª Ed,
Vozes, Loyola e Ave Maria, 1997,
SP, §§
1241, 1293, 1294, págs. 301 e 311.
(12)- Idem, § 1532, pags 362/363.
(13)- Sobre a fé de Deus, consultar
"Evangelho da Prosperidade- Análise e resposta" de Alan Piera, pág. 84, Ed. Vida Nova, SP, 1993.
(14)- G12- Hist. E Avaliação, pag. 56.
(15)- Idem, pág. 56, in fine.
(16)-
Consultar: Nicodemus, Augusto; Batalha Espiritual, pág. 61.
(17)-
Citado de "O Evangelho da Prosperidade- Análise e Resposta" de ª B.
Piera, pág. 68, Vida Nova, SP.
Colaborador:
Onezio
Figueiredo - Governador. Valadares,
Nota
de Hélio, de solascriptura-tt.org: Discordamos de algumas coisas do
presbiterianismo, mas concordamos integralmente com tudo que o autor expôs
sobre o G12 em particular.
Todas
as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC
(ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são
as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da
Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra
de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o
Textus Receptus).
(retorne
a http://solascriptura-tt.org/Seitas/ Pentecostalismo/
(retorne
a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/
retorne
a http:// solascriptura-tt.org/ )CONHEÇA OS OBJETIVOS DO FALSO PROFETA CESAR CASTELLANO CRIADOR DO G12 E O QUE PENSA A IGREJA LATINA SOBRE ELE...ÁUDIO.
Bom, primeiramente parabéns ao blog achei interessante o assunto sobre o 12. Já fui 12 , já fui da assembléia quando crianca. O que disse sobre o movimento 12 muita coisa e verdade muita coisa acho q exagerou nas palavras. Não considero o g12 uma seita pq varia muito de pastor pra pastor meus pastores da visão celular por exemplo detestavam regressão psicologica. Bom, muitas das " bizarrices" que tem na visão foram tiradas da assembléia de Deus que tbm e outra igreja bizarra, mas não estou julgando ninguem. O problema e o seguinte: o povo evangélico e muito diferente uns dos outros, cada igreja, denominação, é diferente uma da outra. Todas dizem q seguem a biblia que é uma só , mas parece q cada denominação interpreta do seu jeito, criando seus "costumes"(doutrinas disfarçadas, só muda o nome) e fica essa briga cada um defende seu lado, cada um diz q está em conformidade com a palavra, e quem sofre mesmo e o povo, o evangelio, as almas...
ResponderExcluirParticipo da visão G12 em Brasília e eu era da igreja Batista onde eu morava. Me mudei de cidade, conhecir uma igreja visão celular e participei do encontro com Deus e não teve nada disso. Nada de regressão, nada de perdoar Deus, nada disso que vc disse. O que ministrou lá foi libertação que se prega em qualquer igreja, ministra sobre o Espírito Santo, inclusive muitos drogados, entre outras pessoas que se encontram escravo do diabo, seja nas drogas, bebida, prostituição entre outras coisas, recebem a palavra ,conhece melhor sobre a palavra de DEUS e voltam renovados com desejo de transformação. Precisamos atentar sobre essas palavras quando diz que isso é uma seita. Se tem igreja fazendo isso com certeza não tem nada haver com os ensinamentos tanto da palavra de Deus quanto sobre a visão. Pra mim é mais uma forma de pregamos a palavra de DEUS nesse mundo,pois o próprio Jesus Cristo nos pede que façamos discípulos. Devemos cuidar de pessoas pois esse é o mais importante pra Jesus Cristo, cuidar de vidas e servir....
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