Não duvide!...pasmem amados, eis
o Evangelho de Tomé que a igreja Católica considerou apócrifo
O que a igreja Católica,
possivelmente até a igreja evangélica mais temiam já estar acontecendo,
cristãos leigos tem acessos nos últimos dias a centenas de livros que eles
vinham escondendo da verdadeira igreja remida do messias Yeshua (Jesus) há
quase dois mil anos., cuja noiva ainda estar sendo ataviada e continuará por um
pouco de tempo no meio de suas congregações, mas!, brevemente estará com Cristo
no seu reino de paz!, claro, aqui mesmo na terra restaurada...pois o céu é a
morada do grande Deus YHWH Elohim, e o que falarem ao contrário não tem base
nas escrituras sagradas.
Estes livros foram considerados
apócrifos pelos bispos vendidos da nova igreja no concílio de Nicéia em 325 d.C
a mando do imperador herege Constantino, o qual tomou a igreja para si na base
de visões e sonhos mentirosos. Ao fazer uma leitura destes escritos, os queridos amigos & irmãos irão perceber
que são compatíveis com os demais evangelhos e cartas do novo testamento. A
grande novidade é que o messias Yeshua (Jesus) traz uma mensagem a qual fala de
mistérios do seu reino na terra e no céu, assim como sobre o comportamento
humano em detalhes.
Não temos dúvidas, que este era o
perigo que os falsos bispos romanos e seus pesudos doutores da lei, não
quisessem que o cristãos comuns soubessem dos segredos do universo e nem de sua
alma. Fica claro o ódio que eles sentiam dos escritores destes livros, chegando
ao ponto de matar pessoas inocentes se fosse pegas com alguns sobre sua
guarda., porém: “Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada
se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto”. Marcos 4:22. Como vemos,
isso estar deixando a igreja Católica de de batina curta e a igreja evangélica
de paletó apertado na atual conjunta contemporânea da Web. Irmão Ryba Gonçalves.
O EVANGELHO DE TOMÉ...
Estes são os ensinamentos ocultos
expostos por Jesus, o vivo, que Judas Tomé, o gêmeo, escreveu:
• [1]
E ele disse: "Quem descobrir o significado interior destes ensinamentos
não provará a morte."
• [2]
Jesus disse: "Aquele que busca continue buscando até encontrar. Quando
encontrar, ele se perturbará. Ao se perturbar, ficará maravilhado e reinará
sobre o Todo".
• [3]
Jesus disse: "Se aqueles que vos guiam disserem, 'Olhem, o reino está no
céu', então, os pássaros do céu vos precederão, se vos disserem que está no
mar, então, os peixes vos precederão. Pois bem, o reino está dentro de vós, e
também está em vosso exterior. Quando conseguirdes conhecer a vós mesmos,
então, sereis conhecidos e compreendereis que sois filhos do Pai vivo. Mas, se
não vos conhecerdes, vivereis na pobreza e sereis essa pobreza."
• [4]
Jesus disse: "O homem idoso não hesitará em perguntar a uma criancinha de
sete dias sobre o lugar da vida, e ele viverá. Pois muitos dos primeiros serão
os últimos e se tornarão um só."
• [5]
Jesus disse: "Reconheça o que está diante de teus olhos, e o que está
oculto a ti será desvelado. Pois não há nada oculto que não venha ser
manifestado." (Ver: Fé)
• [6]
Seus discípulos o interrogaram dizendo: "Queres que jejuemos? Como devemos
orar? Devemos dar esmolas? Que dieta devemos observar?"
Jesus disse: "Não mintais e
não façais aquilo que detestais, pois todas as coisas são desveladas aos olhos
do céu. Pois não há nada escondido que não se torne manifesto, e nada oculto
que não seja desvelado."
BAIXE O ARQUIVO DO LIVRO DE
TOMÉ AQUI:
http://www.divshare.com/download/26184199-e3f
A Bíblia Sagrada contém apenas a visão do messias, ou é a visão religiosa do imperador Constantino e seus bispos vendidos e capachos dessa nova fé?
PRÓLOGO...
Este excelente artigo abaixo “OS LIVROS RENEGADOS” traz
uma visão sucinta sobre os livros considerados apócrifos, os quais, não foram introduzidos
no cânon bíblico pelos pseudos pais da igreja cristã em 28 de outubro de 325 no
concilio realizado no belo palácio imperial na cidade de Nicéia (Turquia), sede
do império romano do oriente, Conquanto, só a partir do Concílio de Trento
(1546, foram introduzidos alguns após muita discussão religiosa sobre os tais.
(depois não me diga que a bíblia foi organizada na casa do Senhor irmãos,
entendes!)...
Informamos que já estávamos estudando a ideia de
colocar um MENU neste blog sobre os livros apócrifos, os quais ultrapassam mais
de duas centenas de livros escritos entre o século I a III da nossa era cristã.
O nosso objetivo em socializar este cânon excluído, é para que os queridos
amigos & irmãos possam conhecer também os livros religiosos que escaparam
de serem queimados na fogueira juntamente com seus escritores, e disseminadores
de um ideal cristão ao reverso daquele implantado na marra (diga-se de
passagem), pelo herege imperador Constantino e sua turma de bispos pau mandados
do sistema brutal que estava em decadência, o espúrio império sanguinário
romano, o qual tomou a igreja do messias para si e vem influenciando o mundo
até os nossos dias.
Tal império infame hoje com um 1,2 bi de pessoas
(incautas), continua sutilmente escondido e cristianizado com o nome de Igreja
Católica Apostólica Romana...e mais, tem suas extensões na maioria de suas
filhas igrejas reformadas do século 21 (hoje, em torno de 600 mi de adeptos evangélicos
ecumênicos alienados), restando possivelmente, cerca de 300 mi da igreja
remanescente da resistência. (dos cerca de 900 mi. de evangélicos espalhados
pelo mundo, chegando num total de 2.100 bi,de toda boiada cristã...Valeu Boi
& valeu bodes!), Contudo, se olharmos pelo prisma “bíblico” das 10 virgens dos
(50%), restam tão somente cerca de 150 milhões de adeptos escolhidos na igreja remanescente,
os quais, são as verdadeiras testemunhas de Yeshua “Jesus” nestes últimos dias
na terra...e olhe!, que eu estou sendo otimista, pois a “coisa” no meio
evangélico & gospel estar ficando feia querida igreja remida do messias...Desconfio
portanto, se os dias não forem abreviados, nenhum crente se salvará na atual
conjuntura religiosa...misericórdia, Ora vem Senhor Yeshua! (Jesus)...(Irmão
Ryba).
APÓCRIFOS - OS LIVROS RENEGADOS
Escrito
por Emerson Borges
A palavra apócrifos (do grego a·pó·kry·fos) é usada no
seu sentido original como se referindo a coisas ‘cuidadosamente ocultas’.
Conforme aplicada a escritos, referia-se originalmente àqueles que não eram
lidos em público, portanto, ‘ocultos’ de outros. Mais tarde, contudo, a palavra
assumiu o sentido de espúrio ou não-canônico e atualmente é usada mais
comumente para referir-se aos escritos adicionais declarados pela Igreja
Católica Romana no Concílio de Trento (1546), como fazendo parte do cânon da
Bíblia. Os escritores católicos se referem a tais livros como deuterocanônicos,
que significa “do segundo (ou posterior) cânon”, para diferenciá-los dos protocanônicos
ou “do primeiro cânon”. Esses escritos adicionais são Tobias, Judite, Sabedoria
(de Salomão), Eclesiástico (não Eclesiastes), Baruc, 1 e 2 Macabeus,
suplementos de Ester, e três adições a Daniel, com nomes diversos, tais como:
Cântico dos Três Jovens, Susana e os Anciãos, e A Destruição de Bel e do
Dragão. O tempo exato de sua escrita é incerto, mas a evidência indica uma
época não anterior ao segundo ou terceiro séculos AEC. Vamos fazer uma análise
destes livros que alguns religiosos consideram como sendo inspirados por Deus,
enquanto outros consideram como sendo livros espúrios, que não deveriam estar
na bíblia.
Tobias – Trata-se do relato de um judeu da tribo de
Naftali, que é deportado para Nínive e que fica cego por lhe ter caído esterco
de pássaro em ambos os olhos. Ele manda seu filho, Tobias, à Média para cobrar
uma dívida. Tobias é guiado por um anjo, que se faz passar por homem, a
Ecbátana (Ragés). Em caminho, ele obtém o coração, o fígado e o fel dum peixe.
Encontra-se com uma viúva, a qual, embora casada sete vezes, continua virgem,
visto que cada marido foi morto na noite das núpcias por Asmodeu, o mau
espírito. Incentivado pelo anjo, Tobias casa-se com a virgem enviuvada, e por
queimar o coração e o fígado do peixe, expulsa o demônio. Retornando para casa,
restabelece a visão do pai por usar o fel do peixe. É provável que a história
tenha sido originalmente escrita em aramaico, e calcula-se que ela seja
aproximadamente do terceiro século AEC.
Judite - Este é o relato sobre uma bela viúva judia da
cidade de “Betúlia”. Nabucodonosor envia seu oficial Holofernes numa campanha
para o Oeste, para destruir toda a adoração, exceto a do próprio Nabucodonosor.
Os judeus em Betúlia são sitiados, mas Judite finge ser traidora da causa
judaica e é admitida ao acampamento de Holofernes, onde ela lhe dá um relatório
falso sobre as condições da cidade. Num banquete, no qual Holofernes fica
embriagado, ela consegue decapitá-lo com a própria espada dele e então retornar
a Betúlia com a cabeça dele. Na manhã seguinte, o acampamento inimigo é lançado
em confusão, e os judeus ganham uma vitória completa. Pensa-se que o livro fora
escrito na Palestina durante o período grego, perto do fim do segundo século ou
do começo do primeiro século AEC. Crê-se que fora originalmente escrito em
hebraico.
Adições ao Livro de Ester - Estas constituem seis
passagens adicionais. A primeira parte, de 17 versículos, em alguns antigos
textos gregos e latinos precede ao primeiro capítulo, apresentando um sonho de
Mordecai (Mardoqueu) e a sua exposição duma conspiração contra o rei (na versão
Católica Matos Soares encontra-se em Ester 11:2-12:6). Depois de 3:13 (13:1-7
na Matos Soares), a segunda adição apresenta o texto do edito do rei contra os
judeus. No fim do capítulo 4 (13:8-14:19 na Matos Soares) relatam-se orações de
Mordecai e de Ester como terceira adição. A quarta ocorre depois de 5:2
(15:1-19 na Matos Soares) e conta a audiência de Ester com o rei. A quinta
ocorre depois de 8:12 (16:1-24 na Matos Soares) e consiste no edito do rei que
permitiu aos judeus defender-se. No fim do livro (10:4-11:1 na Matos Soares),
interpreta-se o sonho apresentado na introdução. A colocação destas adições
varia em diversas traduções, algumas colocando todas no fim do livro (como
Jerônimo fez na sua tradução) e outras intercalando-as no texto.
Sabedoria (de Salomão) - Este é um tratado que exalta
os benefícios para os que procuram a sabedoria divina. A sabedoria é
personificada como mulher celestial, e a oração de Salomão, pedindo sabedoria, está
incluída no texto. A última parte recapitula a história desde Adão até a
conquista de Canaã, citando dela exemplos de bênçãos pela sabedoria e de
calamidades pela falta dela. Considera-se a tolice da adoração de imagens.
Embora Salomão não seja mencionado especificamente por nome, em certos textos o
livro o apresenta como seu autor. (Sabedoria 9:7, 8, 12)
Eclesiástico - Este livro, também chamado Sabedoria de
(Yeshua) Jesus, Filho de Sirac, tem a distinção de ser o mais longo dos livros
apócrifos e o único cujo autor é conhecido, Yeshua (Jesus) ben-Sirac de
Jerusalém. O escritor explica a natureza da sabedoria e sua aplicação para uma
vida bem-sucedida. A observância da Lei é fortemente enfatizada. Dá-se conselho
sobre muitos campos de conduta social e da vida diária, inclusive comentários
sobre modos à mesa, sonhos e viagens. A parte concludente contém um retrospecto
sobre importantes personagens de Israel, terminando com o sumo sacerdote Simão
II. O livro foi originalmente escrito em hebraico, no começo do segundo século
AEC. Citações dele são encontrados no Talmude judaico.
Baruc (Incluindo a Epístola de Jeremias) - Faz-se
parecer como se os primeiros cinco capítulos tivessem sido escritos pelo amigo
e escriba de Jeremias, Baruque (Baruc); o sexto capítulo é apresentado como
carta escrita pelo próprio Jeremias. O livro relata as expressões de
arrependimento e as orações por alívio por parte dos judeus exilados em
Babilônia, exortações para seguir a sabedoria, incentivo para esperar na
promessa de libertação e a denúncia da idolatria babilônica.
Cântico dos Três Jovens - Esta adição a Daniel segue a
Daniel 3:23. Consiste em 67 versículos que apresentam uma oração supostamente
proferida por Azarias dentro da fornalha ardente, seguida por um relato sobre
um anjo que apagou as chamas, e finalmente um cântico entoado pelos três
hebreus dentro da fornalha. O cântico é bastante similar ao Salmo 148.
Susana e os Anciãos - Este relata um incidente na vida
da bela esposa de Joaquim, um judeu rico em Babilônia. Enquanto Susana se
banhava, chegaram-se a ela dois anciãos judeus, que instaram com ela que
cometesse adultério com eles, e, quando ela recusou, forjaram uma falsa
acusação contra ela. No julgamento, ela foi condenada à morte, mas o jovem
Daniel habilmente expôs os dois anciãos, e Susana foi exonerada da acusação.
Não há certeza sobre a língua original. Pensa-se que tenha sido escrito durante
o primeiro século AEC. Na Septuaginta grega o trecho foi colocado antes do
livro canônico de Daniel, e na Vulgata latina foi colocado depois dele. Algumas
versões o incluem como capítulo 13 de Daniel.
A Destruição de Bel e do Dragão - Esta é uma terceira
adição a Daniel, sendo que algumas versões a colocam como capítulo 14. No
relato, o Rei Ciro exige que Daniel adore um ídolo do Deus Bel. Por aspergir
cinzas no pavimento do templo e assim descobrir pegadas, Daniel prova que o
alimento supostamente consumido pelo ídolo na realidade é consumido pelos
sacerdotes pagãos e suas famílias. Os sacerdotes são mortos e Daniel destroça o
ídolo. O rei requer de Daniel adorar um dragão vivo. Daniel destrói o dragão,
mas é lançado na cova dos leões pela população enfurecida. Durante os sete dias
do seu confinamento, um anjo pega Habacuque pelos cabelos e leva tanto a ele
como uma tigela de caldo da Judéia a Babilônia, a fim de prover Daniel de
alimento. Habacuque é então devolvido à Judéia, Daniel é solto da cova, e seus
oponentes são lançados nela e devorados.
Primeiro Macabeus -Um relato histórico da luta de
independência dos judeus durante o segundo século AEC, desde o começo do
reinado de Antíoco Epifânio (175 AEC) até a morte de Simão Macabeu (c. 134
AEC). Trata especialmente das façanhas do sacerdote Matatias e de seus filhos,
Judas, Jônatas e Simão, nas suas lutas com os sírios.
Segundo Macabeus - Embora colocado após Primeiro
Macabeus, este relato refere-se a parte do mesmo período (de c. 180 AEC a 160
AEC), mas não foi escrito pelo autor de Primeiro Macabeus. O escritor apresenta
o livro como resumo das obras anteriores de certo Jasão de Cirene. Descreve as
perseguições sofridas pelos judeus sob Antíoco Epifânio, o saque do templo e
sua subsequente rededicação. O relato apresenta Jeremias, por ocasião da
destruição de Jerusalém, como levando o tabernáculo e a arca do pacto a uma
caverna no monte do qual Moisés viu a terra de Canaã. (2 Macabeus 2:1-16)
Apócrifos do Novo Testamento
Jesus Cristo com certeza é uma das figuras mais
impressionantes de toda a bíblia. Tirando todo o lado místico que leva bilhões
de pessoas a exercerem fé e terem esperança, a moldarem suas vidas pelos
ensinos e conceitos de Jesus, deixando tudo isso de lado e nos concentrando no
Jesus histórico, temos na realidade apenas quatro pequenos relatos de sua vida
nas páginas da bíblia. Segundo muitos religiosos, três são similares em ponto
de vista, porque adotam um enfoque parecido ao narrar a vida de Jesus na terra,
estes são Mateus, Marcos e Lucas. Se você ler estes três primeiros evangelhos
notará que não raro abrangem os mesmos incidentes e seus relatos em sua maioria
são paralelos. Já o evangelho de João traz uma estrutura diferente e a maioria
de seus relatos não se encontram nos demais evangelhos.
Entretanto, não se pode deixar de mencionar que
diversos outros evangelhos narrando a vida de Jesus foram escritos durante os
primeiros três séculos de existência do cristianismo, sabemos disso por meio do
evangelho de Lucas que no capítulo 1, versículo 1 diz: “Considerando que muitos
empreenderam compilar uma declaração dos fatos que entre nós recebem pleno
crédito”. O autor indica que muitos empreenderam compilar os relatos da vida de
Jesus e que para escrever seu próprio relato, ele consultou “muitos” escritos
precedentes. Se formos levar em conta as fontes cristãs posteriores dos séculos
II e III temos inúmeros outros evangelhos produzidos por diversas comunidades
cristãs existentes na época (como os Ebionitas, os Docetas e os Gnósticos),
cada qual com sua própria interpretação teológica sobre Jesus e seus próprios
escritos, muitos destes levando nomes de discípulos famosos de Jesus como o
Evangelho de Filipe (um discípulo de Jesus), de Maria Madalena, de Tiago (irmão
de Jesus), de Judas, de Pedro, de Tomé, entre outros. Além disso, existem
manuscritos antigos de outras cartas que não se encontram na bíblia como
Terceira Coríntios e a Epístola de Barnabé, sem falar nos Atos de Paulo e de
Pedro. Vários achados arqueológicos têm descoberto inúmeros escritos da época.
O exemplo a seguir demonstra bem isso
No inverno de 1945 no Egito Superior perto da cidade
de Nag Hammadi um camponês árabe escavava em busca de solo fértil. Em vez
disso, porém, fez surpreendente descoberta. Sua picareta bateu em algo duro, um
jarro de argila. Dentro dele, encontrou 13 volumes encadernados em couro, que
remontavam ao segundo século EC. Mas não foi senão em 1955 que esta descoberta
arqueológica ganhou as manchetes. E ainda cria comoção entre leitores da
Bíblia, porque alguns afirmam que os volumes descobertos contêm os dizeres
secretos de Jesus. Na realidade, 48 diferentes documentos religiosos foram
encontrados naquela colina egípcia. Num desses volumes encontra-se um texto
chamado de Evangelho segundo Tomé, que começa sua narrativa assim: “Estas são
as palavras secretas que o Vivente Jesus proferiu, e Dídimo Judas Tomé
escreveu”. Portanto, estes quatro evangelhos que se encontram na bíblia são
apenas uma pequena amostra dos vários relatos que foram feitos durante os primeiros
séculos do cristianismo (Elaine Pagels, Beyond Belief: The Secret Gospel of
Thomas (2003), Vintage Books. ISBN 0-375-50156-8).
Mas então porque apenas quatro relatos da vida de
Jesus estão na bíblia? A maioria dos evangelhos escritos no 1º e 2º séculos
desapareceu. Naquela época um “livro” era um amontoado de papiros avulsos
enrolados em forma de pergaminho, portanto como você pode imaginar, perder ou
extraviar estes pergaminhos era algo muito fácil de acontecer. Porém, alguns
evangelhos foram copiados e recopiados à mão por membros da igreja. Tais livros
tinham de ser copiados um por vez, devagar e em seus mínimos detalhes, por isso
eram inevitáveis erros, tanto acidentais (um escorregão de pena, uma linha
pulada) como não acidentais (o copista altera uma palavra por achá-la mais
bonita ou para apoiar determinada crença pessoal).
Celso, filósofo romano do 2º século criticou
asperamente os copistas cristãos pelos erros em suas cópias: “Alguns fiéis,
como pessoas embriagadas que se agridem a si mesmas, manipularam o texto
original dos evangelhos três ou quatro vezes, ou até mais, e o alteraram para
poderem opor negações às criticas” (Orígenes, Contra Celso. Editora Paulus
2004, pág. 152 - Contra Celso, 2.27).
Irineu, cristão do 2º século que morava na Gália e era
líder da congregação de Lião, escreveu contra Marcião, alegando que ele tinha
feito o seguinte: “Mutilou as epístolas de Paulo, eliminando tudo o que o
Apóstolo disse acerca do Deus que criou o mundo, no sentido de que Ele é o Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, e ainda as passagens dos escritos proféticos
citados pelo Apóstolo com vistas a nos ensinar aquilo que eles anunciaram antes
da vinda do Senhor” (Contra as heresias, 1.27.2).
Orígenes, um padre da igreja do 3º século, uma vez
registrou uma queixa acerca das cópias dos evangelhos de que dispunha: “as
diferenças entre os manuscritos se tornaram gritantes, ou pela negligencia de
algum copista ou pela audácia perversa de outros; ou eles descuidam de
verificar o que transcreveram ou no processo de verificação, acrescentam ou
apagam textos como mais lhes agrade” (Commentary on Matthew 15:14 as quoted in
Bruce M. Metzger, "Explicit References in the Works of Origen to Variant
Readings in New Testament manuscripts," in Biblical and Patristic Studies
in Memory of Robert Pierce Casey, ed. J Neville Birdsall and Robert
W. Thomson. Freiburg: Herder, 1968, pág. 78, 79).
Dionísio, bispo de Corinto lamentou o fato de que
falsos crentes modificaram escritos de sua autoria, como tinham feito com
textos sacros: “Quando meus companheiros cristãos me convidaram a escrever
cartas eu o fiz. Mas estes apóstolos do demônio as encheram de vícios,
eliminando algumas coisas e acrescentando outras. Não é, pois, de admirar que
alguns dentre eles tenham ousado adulterar a palavra do próprio Senhor” (Church
History - Dionysius, Bishop of Corinth, and the Epistles which he wrote, vol.
IV, Chapter 23, citado por Eusébio).
Acusações deste tipo são muito freqüentes entre os
primeiros escritores cristãos e não havia como os autores impedirem que seus
escritos fossem alterados. Isso explica porque muitos autores, por vezes,
lançavam maldições sobre copistas que modificassem seus textos. Um exemplo
clássico disso está no livro bíblico de Apocalipse 22:18-19: “Estou dando
testemunho a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste rolo: Se
alguém fizer um acréscimo a essas coisas, Deus lhe acrescentará as pragas que
estão escritas neste rolo; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do
rolo desta profecia, Deus lhe tirará o seu quinhão das árvores da vida e da
cidade santa, coisas das quais se escreve neste rolo”. O receio de ter suas
narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. Essa
ameaça descrita acima reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo,
uma verdadeira baderna teológica, com um monte de seitas e comunidades
defendendo ideias diferentes sobre Jesus.
A seita dos Docetas (da palavra grega dokeo, que
significa parecer), por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico,
apenas parecia um ser humano, mas na verdade era um ser divino. Ele seria um
espírito e sua crucificação e morte não passou de ilusão de ótica. Viam uma
distinção entre a lei dada por Moisés que não levaria a salvação e o evangelho
de Jesus que levaria. Consideravam que a lei judaica e o evangelho de Jesus não
tinham nada em comum, sendo a lei para os judeus e o evangelho para os
cristãos. Observavam uma grande diferença entre o Deus do Antigo Testamento,
julgador, encolerizado e vingativo, do Deus de Jesus que era amoroso,
misericordioso e trazia salvação, para eles eram Deuses diferentes.
Já os Ebionitas (Adocionistas) eram judeus convertidos
ao cristianismo que insistiam em preservar as leis estipuladas por Deus a
Moisés e que Jesus seria o Messias enviado pelo Deus judeu para salvar o mundo.
Entendiam que a fé em Jesus não significava uma ruptura com o judaísmo, mas a
interpretação correta da religião revelada por Deus a Moisés no Monte Sinai.
Acreditavam que Jesus não nasceu filho de Deus, não era divino, mas um ser
humano de carne e osso que foi adotado quando adulto pelo Senhor, provavelmente
por ocasião do batismo. Para eles Jesus era o Messias judeu enviado pelo Deus
judeu ao povo judeu para cumprir a lei judaica, assim, quem quisesse seguir
Jesus tinha que ser judeu ou se fosse gentio tinha que ser circuncidado e
seguir todos os preceitos da lei.
Os Gnósticos (Separacionistas) do grego “gnosis” ou
conhecimento, sustentavam que o conhecimento e não a fé era o que salvava. A
pessoa precisava saber como este mundo surgiu, quem você realmente é, de onde
veio, quem o colocou aqui e como podemos voltar. Jesus era um ser divino que
desceu do plano celestial para transmitir o conhecimento secreto da salvação
aos espíritos presos aqui na terra.
Acreditavam numa fusão dos dois conceitos anteriores, Jesus seria dois
seres, um completamente humano (o homem Jesus), e outro completamente divino (o
Cristo divino). Jesus seria um humano que tinha sido temporariamente habitado
por um ser divino entre o momento de seu batismo até o instante de sua morte.
Por isso teria dito antes de morrer “Deus meu, Deus meu, por que me
abandonastes?”.
Todas estas comunidades cristãs tinham seus escritos
apoiando seus conceitos e quando recebiam escritos que apoiavam outras idéias,
eles ao copiá-los, sutilmente procuravam modificar alguma palavra ou expressão
que pudesse apoiar o conceito de outra comunidade. A primeira tentativa de
organizar esse caos das escrituras ocorreu mais de 100 anos após a morte de
Jesus. O responsável foi um rico comerciante naval chamado Marcião. Ele nasceu
na Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo
influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A bíblia de
Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava
com a seita dos Docetas. A bíblia editada por Marcião continha apenas uma forma
do evangelho de Lucas e 10 cartas de Paulo (Bart D. Ehrman, Misquoting Jesus:
The Story Behind Who Changed the Bible and Why. Harper San Francisco, 2005.
ISBN 0-06-073817-0).
A decisão sobre quais livros deveria fazer parte do
cânone não foi tomada da noite para o dia. Quatrocentos anos após a morte de
Cristo, no fim do século IV, não havia ninguém que afirmasse que o Novo
Testamento consistia dos 27 livros que temos hoje. Na época de Serapião (um
monge egípcio de grande erudição e muito inteligente que por certo período
dirigiu a famosa Escola Catequética de Alexandria, considerado um santo e
falecido por volta de 370 d.C.) surgiu um autor (anônimo por sinal) que tentou
definir uma relação de livros que acreditava compor as Escrituras cristãs. Essa
lista fragmentada é chamada de Cânone Muratório, em homenagem a L. A. Muratori,
estudioso italiano do século XVIII que a descobriu na cidade de Milão.
Neste catálogo a primeira parte da lista desapareceu.
Após algumas palavras do fim de uma frase descrevendo um dos evangelhos, o
autor continua falando de Lucas como "o terceiro livro do evangelho".
Ele a seguir identifica João como "o quarto" e prossegue. Portanto,
se supõem que a lista começa com Mateus e Marcos, mas não há como afirmar isso
categoricamente. O autor desconhecido identifica como canônicos 22 de nossos 27
livros, porém, Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro e 3 João não estão lá. Além disso,
neste catálogo está incluído Sabedoria de Salomão e o Apocalipse de Pedro como
livros canônicos.
O Cânone Muratório indica que pelo menos um autor da
época estava interessado em saber quais livros poderiam ser aceitos como
canônicos e que em certos círculos já eram aceitos alguns livros que acabariam
sendo considerados canônicos no futuro, apesar de que dois dos livros
catalogados como canônicos foram depois excluídos da bíblia. Mas a questão
continuou sendo discutida durante séculos. Sabemos disso em parte pelos
manuscritos que temos do Novo Testamento. Assim que chegamos ao século VI e
VII, os manuscritos passam a ter apenas os livros que hoje são considerados
canônicos do Novo Testamento, mas isso não acontece em períodos anteriores.
O Código Alexandrino, por exemplo, um famoso
manuscrito do século V, inclui como parte do Novo Testamento os livros de 1 e 2
Clemente, supostamente escritos pelo homem que Pedro escolheu como bispo de
Roma. E o Código Sinaítico, do século IV, inclui a Epístola de Barnabé e o
Pastor de Hermas. O manuscrito chamado P.72 inclui um evangelho supostamente
escrito por Tiago, o irmão de Jesus (A natividade de Maria) mais conhecido como
protoevangelho de Tiago, 3ª Coríntios e uma homilia do pai da Igreja Melito
sobre a Páscoa.
Vários cristãos de diversas comunidades com vários
conceitos diferentes escolheram suas próprias coleções de livros preferidos e
passaram a encará-los como os verdadeiros livros inspirados por Deus. Até
então, o cristianismo sobrevivia como a fé de uma minoria oprimida dentro do
Império Romano. Porém, em 28 de outubro de 312 E.C., o seu destino começou a
mudar graças a um homem chamado Constantino. Em franca luta pelo poder,
Constantino alegou ter tido uma visão de uma grande luz em forma de cruz e
encarou isto como um sinal do Deus cristão. Constantino mandou fazer um
estandarte para a batalha sobre a ponte do rio Mílvio na forma de cruz e pintou
a mesma forma nos escudos dos soldados. Coincidência ou não, ele venceu esta
batalha e algum tempo depois se tornou Imperador Romano. Daí em diante, a
perseguição aos cristãos terminou e mais do que isto, o cristianismo passou a
se tornar à religião da moda.
Ele pretendia usar a força crescente da nova religião
para fortalecer seu império. Depois de 12 anos consolidando seu poder,
Constantino declarou-se cristão, fez pomposas doações a sua nova religião,
construiu a basílica de Santa Sofia em Constantinopla e a basílica de São Pedro
em Roma. Além disso, sentiu-se no direito de impor a unidade a seus súditos
cristãos, colocando ordem na casa de Deus, nessa época ainda dividida sobre
questões teológicas. Em 325 E.C., organizou um concilio em Nicéia, onde impôs
um credo comum e uma lista de livros chamada de oficial, que segundo o
concilio, “realmente” haviam sido inspirados por Deus. Com o apoio da maioria
dos bispos presentes, Constantino unificou a igreja e o império sob seu
controle. Eles escolheram os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João para
representar a biografia oficial de Jesus, enquanto os demais evangelhos dos
docetas, dos ebionitas, dos gnósticos e de outras seitas foram excluídos e seus
autores declarados hereges. A maioria destes textos se perdeu, afinal de
contas, os escribas da igreja não estavam interessados em recopiá-los para a
posteridade e sem o apoio do todo poderoso Império Romano foram fadados ao
esquecimento.
Portanto, temos hoje apenas 4 evangelhos que contam a
vida de Jesus por causa de um imperador que impôs um conceito teológico,
descartando os demais, numa tentativa de unificar os cristãos e seu império.
Tudo não passou de uma questão de ideias que foram se sobrepujando as outras
devido as circunstancias de cada momento histórico. É uma pena que o tempo e as
circunstancias tenham desaparecido com muitos textos e relatos sobre a vida de
Jesus, por outro lado e emocionante ver a arqueologia desenterrar alguns destes
evangelhos tidos como perdidos, pois só poderemos chegar mais perto da
verdadeira história de Jesus, comparando todos estes relatos, para termos um
quadro mais amplo deste personagem tão intrigante, que apesar de estimular a fé
de bilhões de pessoas, pouco se sabe de sua verdadeira história.
Fonte - Este texto foi extraído do livro "A
Bíblia Sob Escrutínio", publicado pela Editora Clube de Autores. Para
adquiri-lo acesse o site através deste link:
www.clubedeautores.com.br/book/161402--A_BIBLIA_SOB_ESCRUTINIO
Ele pode ser só um personagem na história tanto bíblica quanto secular, mas eu duvido uma pessoa que realmente nasceu de novo ter O Senhor Jesus Cristo só como mero Personagem que cuja história é só pra relatar , antes Dele e depois Dele, todos nascidos de novo sabem muito bem que O Senhor Jesus Cristo é Deus encarnado que precisou de um corpo humano de verdade pra ser O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
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