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A Congregação Cristã no Brasil
figurou por anos como o maior grupo pentecostal do país. Hoje sua realidade é
bem diferente. Ano a ano o número de fiéis vem caindo. Enquanto a Assembléia de
Deus atrai 3,9 milhões de novos evangélicos a CCB registrou de um censo para
outro uma retração de 200 mil adeptos. É o que publicou o Jornal Folha de São
Paulo. Vejam a análise do sociólogo Ricardo Mariano sobre a transformação
demográfica do Brasil:
ANÁLISE – “Em marcha, a
transformação da demografia religiosa do país”
‘O Censo confirma as tendências de mudança
radical da demografia religiosa nas últimas décadas: queda da hegemonia
católica, avanço vertiginoso dos evangélicos e diversificação religiosa.
Liderada pela Renovação
Carismática e apoiada na criação de redes de TV e no evangelismo midiático, a
reação católica à expansão pentecostal fracassou.
O inchaço da categoria
“evangélica não determinada” reduziu artificialmente o crescimento pentecostal.
Mostra limitações do Censo, mas também pode estar sinalizando a expansão da
privatização religiosa nesse grupo, situação em que o crente mantém a
identidade religiosa e a crença, mas opta por fazê-lo fora de instituições.
Tal privatização resultaria da
massiva difusão do individualismo, da crescente busca de autonomia em relação
aos poderes eclesiásticos, à imposição de moralidades tradicionalistas, aos
elevados custos do compromisso religioso. Ela pode ter ocorrido, em especial,
entre indivíduos dos grupos mais beneficiados pelo crescimento da renda e das
oportunidades no mercado de trabalho e no ensino superior.
O Censo também reitera o
crescimento do pentecostalismo na base da pirâmide social: 64% dos pentecostais
ganham até um salário mínimo, 28% recebem entre um e três salários, 42% têm
ensino fundamental incompleto. Avança nos segmentos mais vulneráveis da
população, nas periferias urbanas e regiões mais violentas, nas fronteiras
agrícolas do Norte e do Centro-Oeste, onde a presença católica é rarefeita.
Causa surpresa o declínio, em
números absolutos, de Congregação Cristã no Brasil e Universal do Reino de
Deus. Elas perderam, respectivamente, 200 mil e 228 mil adeptos. Até então, só
uma grande evangélica, a Luterana, havia declinado, o que se explica por ser
uma denominação de tradição étnica pouco dedicada ao proselitismo.
Parte da “queda” (improvável,
cabe frisar) da Congregação e da Universal decorre da indefinição da identidade
denominacional de 9,2 milhões de evangélicos. Mas há outras hipóteses.
Fiel aos princípios de não fazer
uso proselitista de mídias e não apelar para a oferta sistemática de serviços
mágico-religiosos, a Congregação perde competitividade.
Já a Universal tem sido
fortemente pressionada por igrejas que passaram a clonar seus métodos,
especialmente a Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago (315
mil adeptos). Pela TV Record, Edir Macedo já acusou o golpe, ao atacar
ferozmente o oponente, que, tal como Silas Malafaia, passou a ser
estrategicamente apoiado pela Rede Globo.
Seus megatemplos desfavorecem uma
sociabilidade fraternal e comunitária. E a ênfase na oferta ritual de soluções
mágicas faz com que muitos frequentadores ajam mais como clientela flutuante.
Eles pagam por serviços recebidos, mas refutam compromissos duradouros.
A Universal carece da capacidade
de formar comunidades e da pregação de uma teodiceia redentora de longo prazo.
É o que se propõem a fazer várias independentes o grande guarda-chuva
“Assembleia de Deus”.’
Também vale lembrar as recentes
dissidências da CCB. Irmãos insatisfeitos estarem migrando para os novos
ministérios – CCA e CCJ.
Fonte: Ricardo Mariano Especial
para a FOLHA
LIDERANÇAS EVANGÉLICAS ENVOLVIDAS ATÉ O PESCOÇO COM A MAÇONARIA DO deus G.A.D.U
LIDERANÇAS EVANGÉLICAS ENVOLVIDAS ATÉ O PESCOÇO COM A MAÇONARIA DO deus G.A.D.U
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