por Irmão Ryba Gonçalves
R.A com transtornos mentais vivendo pelas ruas do alto do bairro São João Araguaína |
A Clínica Psiquiátrica São
Francisco de Araguaína foi fechada ainda em 2013 e pacientes vivendo com
transtornos mentais deixa população “Pinel”. Enquanto esse grupo de vulneráveis
sofrem ao relento espalhados pelos logradouros públicos, calçadas, e debaixo de
marquises sendo ajudados por vizinhos devido a omissão da saúde pública na resolução
deste grande problema mental, a população se estressa e vive estupefata com tamanha maldade pública...Meu
Deus!...Ih doutor! esqueci de tomar o
meu Gardena. espera ail!!
Uma das únicas clinicas para
internamento de pessoas vivendo com transtornos mentais a qual funcionava (...)
mesmo que precariamente (diga-se de passagem) a indesejável Clinica São
Francisco de Araguaína, foi fechada sumariamente
pela gerência técnica de saúde mental da Secretaria Estadual da saúde de
Tocantins (SESAU) em conluio com o Ministério da Saúde no primeiro semestre de
2013 e até hoje...pasmem! contribuintes sãs
& sóbrios, continuam sem criar ás tão propaladas e românticas “Residências Terapêuticas”
propostas no inicio desse romance sádico e alucinante em Tocantins.
O problema crônico de pacientes
mentais que vinha sendo empurrado com a barriga (vazia!) pelos gestores
públicos estaduais e nacional, os quais sobrevivem aos trancos & barrancos
na segunda maior, e uma das mais ricas cidades do estado a capital do boi gordo
Araguaína, possivelmente, agora (enfim!), poderá ter um final feliz para
dezenas, quiçá centenas de pacientes que sofrem com transtornos mentais e não
tem um lá para abriga-los, após o
fatídico dia do fechamento do seu antigo lar que tinha o “sabor amargo”,
Clinica São Francisco de Araguaína.
Pois que, segundo a lei 10.216,
de 06 de abril de 2001. Ás pessoa vivendo com transtornos mentais no seu artigo
2º tem o direito de; “VIII - ser tratada em ambiente terapêutico
pelos meios menos invasivos possíveis” Conforme a mesma legislação, o estado é o principal responsável para cuidar
destes pacientes vulneráveis; “Art. 3o É responsabilidade do Estado o
desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de
ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação
da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde
mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência
em saúde aos portadores de transtornos mentais”...E não ao reverso como
o estado e a União viera se eximindo de solucionar este problema na cidade de
Araguaína desde 2013.
Sensibilizado com a problemática
dos loucos soltos e vivendo pelas ruas de Araguaína, e o pior, sem acompanhamentos
médicos pela SESAU. O vereador José Ferreira Barros “o popular Ferreirinha do PMDB” (o Chico Doido saiu mais deixou um discípulo!)
provocou uma audiência pública entre o
secretário da SESAU Dr. Samuel Bonilha,
assim como a gerente técnica da saúde mental estadual Ester Cabral (ex-servidora
do Caps), bem como a participação do secretario municipal da saúde Dr. Jean
Luis Coutinho, a qual foi realizada no dia 14
de abril no plenário da câmara municipal da cidade. Na ocasião, os
gestores estaduais e municipal apresentaram um “monólogo mental” superficial
longe do contexto da região, onde a maioria dos dados apresentados estavam fora
da atual conjuntura “Pinel” da cidade...É como diz aquele ditado; “mente vazia
é oficina de satanás”...”Quando acabar o maluco sou eu, âh, hân!”
De doido todo mundo tem um
pouco...Sem querer opinar diretamente para não magoar as mentes sensíveis dos
gestores públicos, especialmente do sistema da gerência da saúde mental do TO.,
Fracamente, não suportando a provocação à nossa inteligência, desculpem-me seu
doutor! vou ter que atirar pedras na
saúde mental de Tocantins por a mesma apresentar dados irreais, e fazer corpo mole na implantação destas
benditas “Residências Terapeutas”, as quais sua implantação vem sendo
postergada criminosamente desde 2013. Também, quero discordar sobre algumas
justificativas da não implantação destas residências, que era devido a falta do
CAPS AD/3 não estar implantado na cidade. bem como a falta de profissionais
para a composição do quadro de servidores para este serviço de saúde mental no
município de Araguaína. Ora, se fecharam um “asilo bárbaro e medieval”, teriam
que abrir as residências do amor mental contemporâneo da visão do SUS em seguida,
concorda comigo seu doutor?.
Conforme dados apresentados pela
gerente técnica de saúde mental da SESAU Ester Cabral, para o funcionamento de
uma única Residência Terapêutica, o estado precisa contratar e/ou colocar a
disposição 10/12 profissionais da saúde em suas diversas áreas afins, tais
como; psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, assistentes social, coordenador,
monitores e serviços gerais, para cuidar em cada residência de seis (06) pacientes,
como determina as normas e resoluções da saúde mental do país. Além do mais,
necessita de um local adequado onde os pacientes tenham oportunidades de
sociabilização e humanização. Como vimos, o estado pode até ser omisso e muita
das vezes desumano, louco jamais! para assumir despesas sem orçamento
programático, como sempre alegavam os gestores anteriores da saúde. Todavia, é
como dizia Daniel Backman “O crime não compensa” seu doutor!.
Conquanto, as antigas desculpas
da não implantação destas Residências Terapêuticas por falta de profissionais e
CAPS AD3 não cabe mais doravante, pois o problema destes pacientes vem deixando
a população “alucinada” e constrangida, por não saber como solucionar o
problema de saúde destes nossos semelhantes. Pois muitas das vezes, este
problema é conhecido apenas por “encostos” pelos religiosos fundamentalistas
(se bem, que em alguns casos isso é comprovado”) Portanto, não é por falta de
profissionais para formar equipes técnicas...pois milhares de trabalhadores desempregados
da área da saúde estão “loucos” é por uma vaga de emprego público, especialmente
estadual, pois Tocantins é o 5º estado que paga melhor o seu funcionalismo
público nesse país...e olhe, que o estado é a 24ª do rank da economia nacional entre
os estados.
Segundo uma profissional da área
da saúde que tem curso de “Redução de Danos”
e dezenas de outros Sirlene Maria do Nascimento - “o problema é a falta
de reconhecimento dos gestores da saúde em inserir estes profissionais no SUS”.
De acordo ainda com Sirlene, em Tocantins existe mais de 40 Redutores de Danos
que estão preparados também, para atender pessoas com transtornos mentais mais o
estado e o município, muita das vezes vem utilizando alguns em áreas alheia a
sua vocação que é cuidar de pessoas vulneráveis.
Como podemos ver, o quadro da
saúde mental em Tocantins é loucura total no presente. Pois o estado e o
município deixaram de cuidar, principalmente dos mais vulneráveis, os quais
estão a mercê da boa vontade da população em não deixa-los morrer de fome,
portanto, é preciso que o estado implante urgentemente (nos próximos 30 dias) a
primeira “Residência Terapêutica” em Araguaína para começar a resolver de vez o
problema destes pacientes indefesos...Pois à atual conjuntura fisiologista da
saúde mental em Tocantins é notória e...Tá deixando todo mundo louco oba!!!
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