As
igrejas evangélicas que locam espaços na TV aberta, em sua maioria
neopentecostais, estão se mobilizando para tentar reduzir o valor cobrado pelas
emissoras para veicular seus programas. A iniciativa reuniu os principais
líderes religiosos que exploram esse meio de comunicação.
O
jornalista Ricardo Feltrin revelou em sua coluna no portal Uol que a missão de
reduzir o preço dos horários alugados das emissoras juntou no mesmo barco as
igrejas Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça, Mundial do Poder de
Deus e o pastor Silas Malafaia, que veicula o programa Vitória em Cristo.
“O
argumento do grupo […] é que, com a crise econômica nos últimos anos, os fiéis
começaram a sumir dos templos, e, com eles, a principal fonte de pagamento às
TVs: o dízimo”, escreveu Feltrin. “Não há números oficiais porque as emissoras
não revelam, mas estima-se que a venda de horários para igrejas movimenta algo
em torno de R$ 600 milhões anuais – só na TV aberta”, acrescentou.
Estudos
indicam que “a Universal por exemplo, gasta somente com compra de horários em
outras emissoras (que não as próprias) algo entre R$ 60 e R$ 80 milhões por
ano. Ela está presente no canal 21, na Gazeta e na RedeTV! (além da Record,
claro)”, informou Feltrin.
“A
cúpula da Universal quer reduzir os valores, que neste ano vai passar de R$ 500
milhões. A igreja está hoje focada em outras grandes obras, como a construção
de um novo e rico templo de Salomão, agora em Brasília”, comentou o jornalista.
No
caso da Igreja Internacional da Graça de Deus, o missionário R. R. Soares
investe, apenas na Band, valores anuais que estão entre R$ 25 e R$ 30 milhões
para exibir o Show da Fé.
“A
crise fez com que congregações como a Vitória em Cristo, de Malafaia, perdessem
horários por causa dos altos custos. Malafaia chegou a anunciar a saída da
RedeTV! meses atrás, mas, após uma renegociação (e redução de valor),
retornou”, acrescentou Feltrin. (Por Tiago Chagas/Gospel +)
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