No
próximo sábado, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, se
encontrará com autoridades italianas e será recebido pelo papa Francisco. O
objetivo é discutir o conflito israelense-palestino.
Os
detalhes sobre a reunião não foram divulgados, mas ocorrem na véspera de uma
importante conferência de paz em Paris que, segundo foi divulgado, forçará
Israel a dividir Jerusalém e reconhecer a Palestina como estado independente.
Este
será o quarto encontro de Abbas com Francisco. A primeira foi em 2013 no
Vaticano. Depois, estiveram juntos quando o pontífice visitou a Terra Santa, em
2014. No ano seguinte, os dois realizam uma “oração conjunta pela paz” na
cerimônia de canonização de duas freiras palestinas.
Conforme
foi divulgado por jornais de Israel, o principal objetivo desta vez é acertar
os detalhes para a inauguração de uma embaixada palestina no Vaticano. Até o
momento, só existe um escritório de representação diplomática, sediado em Roma.
O
secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, terá uma reunião com líderes
palestinos para tratar do assunto. Em 2013, pouco tempo depois que Jorge
Bergoglio foi oficializado como papa, o Vaticano anunciou que reconhecia a
“Palestina” como um estado independente.
A
relação do argentino com Abbas é tão boa que, em 2015, ele o presenteou com um
medalhão que tinha a figura de um anjo, dizendo que o líder palestino era “um
anjo da paz”. A Autoridade Palestina,
que controla a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, é constituída por representante
de dois conhecidos grupos terroristas, o Fatah e o Hamas.
Durante
uma reunião com o corpo diplomático acreditado no Vaticano, Francisco disse
hoje que “a Santa Sé renova o seu apelo urgente para a retomada do diálogo
entre israelenses e palestinos, e por uma solução estável e duradoura que
garanta a coexistência pacífica dos dois estados dentro de fronteiras
reconhecidas internacionalmente. Israelenses e palestinos precisam de paz. O
Oriente Médio precisa urgentemente de paz”.
O
governo da França vem anunciando que realizará uma conferência de paz em Paris
no próximo domingo, dia 15, onde será votada uma proposta para intervenção em
Israel. Se for aprovada, a proposta é forçar que se voltem às fronteiras de
1967, o que incluiria oficializar a independência da Palestina e entregar a
eles a porção oriental de Jerusalém para ser sua capital.
Vários
esforços vêm sendo feito para se acelerar essas negociações desde que o
presidente Donald Trump, que assume o governo no próximo dia 20, prometeu mudar
a embaixada americana para Jerusalém e reconhece-la como capital “eterna e
indivisível” de Israel.( Jarbas
Aragão/Gospel Prime)
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