Selo do tempo do Rei Davi é achado em Israel
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Objeto foi descoberto em aterro retirado do Monte do Templo
Uma descoberta arqueológica
“acidental” pode ser a mais importante do ano em Jerusalém. Quando o turista russo Matvei Tcepliaev achou
um raro sinete de 3 mil anos de idade, atraiu os holofotes da mídia para uma
silenciosa guerra de informações.
O pequeno objeto, que funcionava como uma espécie de carimbo oficial, data da época do Templo de Salomão. O objeto foi descoberto em um projeto que analisa toneladas de “aterro” retirado pelos muçulmanos do Monte do Templo em 1999.
A Waqf, autoridade jordaniana que
controla a chamada Esplanada das Mesquitas, autorizou uma escavação para uma
entrada subterrânea para o local, considerado sagrado por muçulmanos.
O sinete deve ter pertencido a
uma personalidade importante, sendo usado para assinar documentos e cartas.
Possui uma abertura na parte superior, indicando por onde seria pendurado,
possivelmente no pescoço de seu dono.
Matvei, que só tem 10 anos de
idade, conta que este foi um momento muito importante em sua vida. Ele passeava
com a família por Jerusalém, tendo se deparado com o trabalho de pesquisa no
meio do entulho. Logo que começou a separar a terra, encontrou um pequeno
objeto de formato cônico. Feito de mármore, mede 16 milímetros de altura. Na
sua base redonda de 14 milímetros, aparecem as figuras de dois animais.
Selo do tempo do Primeiro Templo
é encontrado em Israel.
O arqueólogo Hillel, diretor do
Sifting Project [Projeto Peneira], conta que há anos tentam encontrar algum
artefato do tempo do Primeiro Templo. “Para mim foi como se tivesse encontrado
um tesouro”.
De acordo com o Dr. Gabriel
Barkay, um dos responsáveis pela escavação, vários sinetes parecidos foram
encontrados em Israel. Contudo, este é o primeiro descoberto em Jerusalém.
Todos os sinetes datam do século 11 e 10 a.C., da época dos jebuseus e da
conquista da Cidade pelo rei Davi. Nessa mesma época ocorreu a construção do
Templo, sob o reinado do seu filho Salomão.
Coordenado pela Universidade Bar-Ilan
e a Fundação Cidade de Davi, o Peneira deseja investigar todo o material dos
mais de 400 caminhões de terra retirados do Monte do Templo e despejados em um
vale, perto da Cidade Velha de Jerusalém.
Zachi Dvira, idealizador do
projeto que possibilita que voluntários ajudam na escavação, explica que desde
o início do projeto em 2004, mais de 170 mil pessoas já participaram. Cerca de
50% da terra retirada do local sagrado já foi analisada. Existem centenas de
cacos de cerâmica do século 10 aC e uma ponta de flecha de bronze, do mesmo
período.
O doutor Barkay afirma que esse
“aterro” é o “maior crime arqueológico da história de Israel”. Afinal, o Monte do Templo está no centro da
disputa política sobre Israel ser (ou não) a capital de um futuro Estado da
Palestina.
“O Monte do Templo é o mais
delicado e mais importante sítio arqueológico no país, e jamais foi escavado
por causa da política. É uma incógnita; um pedaço de terra desconhecida “.
Após a reunificação de Jerusalém
durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel retomou o controle de sua
capital, mas por causa de um acordo, o Monte permanece sob domínio do governo
jordaniano. Achados arqueológicos que comprovem que ali repousava o templo de
Salomão colocariam por terra os argumentos muçulmanos de que os judeus não têm
direito ao local. (por Jarbas Aragão Com informações Jerusalem Post e Ynet News)
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