João Gomes da Silva
E dizia esta
parábola:
“Um Certo homem tinha uma
figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o
achando; E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto
nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra
inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este
ano, até que eu a escave e a esterque; E, se der fruto, ficará e, se
não, depois a mandarás cortar”. (LC 13: 6-9).
Esta parábola começa com algo que não
é muito comum nos vinhais. Uma figueira no meio da vinha por quê? Esse
vegetal com forma de cultivo diferente parece está ali por permissão e não por
conveniência. Vinha é uma plantação de videiras. Por que haveria ali uma
figueira?
Em Rm capitulo 11, Paulo faz uma
exposição completa da nossa velha natureza enxertada contra o que é natural
para nos tornar árvore frutífera. Éramos zambujeiro, um tipo de oliveira brava
quando da nossa vida carnal, depravada e alienada de Deus. Mesmo assim, Deus
nos enxertou na sua vinha e espera pacientemente pelos nossos frutos.
Deus é o dono da vinha se estamos no
meio dela contrariando todas as leis da agronomia é apenas por sua graça e
amor. Não temos a natureza e a qualidade correspondentes à videira, mas vivemos
ali, pela misericórdia divina que nos adotou. Nunca devemos fazer exigências a
Deus com base em direitos ou méritos. Tudo que temos e somos é pela graça, e
sejamos gratos!
Temos no texto uma preocupação do
dono em relação à figueira, queria cortar. Deus não suporta parasitas, se não
der fruto corta. (Jo 15: 1-3). Mas o viticultor (O Espírito Santo)
implora por mais um tempo e promete cultivá-la com adubos, se essa tentativa
não funcionar aí ele mesmo se encarrega de cortá-la.
Investimentos teriam que ser feito.
Nesse caso, o objetivo era a frutificação. O Senhor tem expectativas ao nosso
respeito. Ele faz investimentos em nossas vidas todos os dias, o maior
deles foi o sangue precioso derramado no Calvário. Além disso, Ele nos deu o
seu Santo Espírito e dons que nos habilitam ao fazer cristão. Mas como estamos
e o que estamos produzindo? – Sombra? Folhagem? Aparência? Deus espera de nós
algo melhor e mais valioso! (Gl 5.22).
Vejam na parábola que o dono da vinha
veio procurar o fruto e, não o achando, ficou decepcionado,
por esse motivo mandou cortar a figueira. Temos neste ponto a
manifestação da justiça divina que não suporta para sempre as nossas injustiças
e desdenho. Cada dia das nossas vidas é uma nova oportunidade. Se ainda não
fomos cortados é porque ainda podemos frutificar. O viticultor se prontificou a
cuidar da figueira, cavando em volta e adubando. O Senhor ainda se propõe a
investir mais em nós. O processo pode ser difícil. Cavar em volta pode ser um
procedimento incômodo, que vêm romper a dureza do solo, expor o que está
oculto, retirar as pedras e nos fazer mais receptivos à água que representa a
Palavra de Deus. O adubo pode não ser agradável, não cheira bem, mas é
necessário. Precisamos aprender também com as coisas ruins que nos sobrevêm.
João Gomes da Silva é
escritor, teólogo e presidente da Igreja Evangélica Betesda em Gurupi
Nenhum comentário:
Postar um comentário